Tem que haver incentivo para a leitura. Os livros são caros porém se encontra preciosos livros nos Sebos. Há mais de 50 anos temos à disposição o Sebo Capricho. Começaram com uma banquinha na Praça 21 de Abril, centro de Londrina, em 1970. Começando aí um sebo com revistas e livros usados.Tempos depois no Centro Comercial. De lá pra cá o negócio cresceu e na Rua Mato Grosso surgiu o Sebo Capricho e se tornou o maior sebo do Paraná. Ampliou o número de lojas, hoje são três unidades em Londrina e três em Curitiba..Entre as inovações, o sebo agregou a venda de discos de vinil, CD´s e até livros novos. “Quando temos muita demanda de um produto acabamos comprando itens novos para atender os clientes”, informa.Por aqui, tem quase tudo. São cerca de 700 mil livros no acervo das seis lojas e aproximadamente um milhão de itens, englobando outros produtos como revistas e CD`s.
Pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural,apenas pouco mais da metade dos brasileiros têm o hábito da leitura:52%. A pesquisa apontou, inclusive, uma diminuição desse percentualentre 2015 e 2019, período em que o Brasil perdeu 4,6 milhões de leitores.O estudo foi realizado em 208 municípios de 26 estados entre outubro de2019 e janeiro de 2020.Os números podem até não impressionar dado o senso comum de quebrasileiros não gostam de ler, somado a um outro que estigmatiza oslivros como artigos de luxo caros, sendo assim, inacessível para grandeparte da população. No entanto, uma breve volta pelo centro do Recife,pode servir de alento aos que preferem desacreditar em tais teorias.São pessoas como Crisgibe, que há dois anos vende gibis e livros dediversos gêneros em uma dessas calçadas, ocupando a cidade de maneiratal que já tornou-se parte do visual dela. A história de Cris e deoutros profissionais, tem sido documentada pelo pernambucano ElizeuEspíndola, ele próprio um livreiro de rua, proprietário do Seborreia.
das trocas de experiências, vivências e histórias somente possíveis
no convívio com o cotidiano da própria cidade e seus frequentadores.
Os transeuntes acabam virando compradores, amigos, parceiros
e multiplicadores de “experiências concretas”, como ele próprio chama.
Tudo isso sem contar na carga afetiva contida apenas nos livros
usados, instrumentos de resistência não só ao hábito da leitura
- ao qual teimamos em acreditar não fazer parte do nosso povo -,
como à magia e riqueza contida nos sebos de rua.
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