Em
tempos de criança morando em Centenário do Sul, frequentava o Colégio Padre
José Pires, encontrava grandes dificuldades em aprender a ler e escrever. As
primeiras letras da cartilha foi difícil ajuntar e saber expressar alguma
coisa. É inegável que os professores da época forçavam me ensinar e nada de
aprender. Confesso que não gosta e nem era animado de ir à escola e aprender.
Milagrosamente comecei a focar na ideia de ler. Olha na banca ao lado do cinema
e via as figuras dos desenhos em gibis. Eu queria aprender, aí começava a
juntar letras e a ler. Mais tarde , lia mais ou menos e quando jovem me deram a
chance de ser locutor do alto-falantes ... falava não tão bonito por causa de
erros que cometia ao microfone. Porém logo nasceu o hábito de leitura, consegui
ler o Livro Meu pé de Laranja Lima. Dali não parei de ler mais. Aí nasce minha
paixão pela Língua Portuguesa. No jovem analfabeto , ousando realizar seu sonho
pegou suas poucas coisas numa mala velha e veio e conseguiu ser radialista.
Hoje, sendo professor de História , tenho mais simpatia pelo nosso idioma.
Estou fazendo esta confissão de amor. A língua portuguesa não é fácil é um verdadeiro desafio para quem escreve.
Sobretudo para quem escreve, tendo cuidados , tentando errar menos, embora
muito difícil não errar. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao
máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Todos que
gostam de escrever, naturalmente gostam de ler. De tudo que fiz na vida ficou o
hábito de falar e escrever. Embora longevo, as palavras brotam da minha cabeça
e navego pelo mundo das letras e teoricamente me engajo no mundo deslumbrante
do falar e escrever. Sim fui um dos maiores analfabetos que nem seu nome sabia
escrever e buscando aprender posso dizer: "Eu amo a língua
portuguesa!"
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