Em 1957 chegaram ao local da futura capital os primeiros trabalhadores: uma massa humana de diferentes origens e características sociais que, mesmo sem garantia de conforto ou de bem-estar, dispunha-se a trabalhar para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
De acordo com o censo daquele ano, esses 256 primeiros migrantes procediam, na maioria, do Norte e do Nordeste do país. Eram os primeiros “candangos”, como ficaram conhecidos aqueles trabalhadores pioneiros, que vinham atraídos pela possibilidade de um novo começo e novas oportunidades. Saíam da terra natal com uma mala e pouquíssimo dinheiro — às vezes nem isso, só com a roupa do corpo — e lotavam a carroceria dos caminhões para viajar 45 dias em estradas precárias, de terra batida, até o local demarcado para a construção de Brasília, onde só havia mato e poeira.
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