Contratos foram firmados entre 2010 e 2019. Investigação aponta 'enriquecimento ilícito' de servidores do Inep
Na manhã desta terça-feira (07), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que apura suposto superfaturamento de R$ 130 milhões em contratos firmados com gráficas que imprimiam provas do Enem.
De acordo com a investigação, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2019. A operação conta também com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo a PF, servidores do Inep favoreceram empresas em contratos milionários. Operação também aponta que funcionários são suspeitos de “enriquecimento ilícito”.
A operação investiga crimes contra a lei de licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ao todo, são cumpridos 41 mandados de busca e apreensão no DF, Rio de Janeiro e em São Paulo.
A investigação identificou que, entre janeiro e fevereiro de 2019, servidores do Inep driblaram a licitação para garantir o contrato para uma das empresas investigadas. As duas primeiras colocadas foram desclassificadas para beneficiar a gráfica investigada.
De acordo com os investigadores, entre 2010 e 2018, a outra empresa que estava à frente da impressão das provas do Enem era uma multinacional, que foi contratada pelo Inep sem observar as normas de inexigência de licitação. Os policiais identificaram envolvimento de servidores com diretores da empresa.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou sequestro de R$ 130 milhões das empresas e de pessoas investigadas.
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