sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

O MELHOR JEITO DE EVITAR ENGORDAR É COMER MENOS!

 





Natalia Cuminale

O senhor acha mesmo possível ser saudável e gordo ao mesmo tempo?"Uma pessoa gorda pode ser tão ou mais saudável do que uma magra", afirma Glenn Gaesser, autor do livro Big Fat Lies: The Truth About Your Weight and Your Health (Mentiras deslavadas: a verdade sobre seu peso e sua saúde), professor de fisiologia do exercício e diretor do Programa Exercício e Bem-Estar da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos. A opinião de Gaesser vai contra o que diz a maioria dos médicos. Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, ele defende a polêmica tese.
Definitivamente. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que apenas um terço de homens e mulheres considerados obesos (utilizando o IMC, índice de massa corpórea, como parâmetro) corria um risco cardiovascular considerado normal. Em contrapartida, entre 20% e 30% das pessoas com o IMC saudável tinham um perfil anormal, com riscos de problemas no coração. Portanto, cerca de um terço dos americanos considerados obesos são mais saudáveis do que até um terço das pessoas com IMC normal.
Todos sabem que a prática regular de exercícios físicos faz bem à saúde. Na sua visão, isso também é válido para quem está gordo?
Os benefícios dos exercícios ocorrem em pessoas de todos os tamanhos. O exercício por si só não resulta em muita perda de peso, mas melhora a saúde.

Alguns médicos dizem a seus pacientes que eles vão morrer mais cedo se não perderem peso. Isso é verdade?
Não necessariamente. Somente pessoas com o IMC muito elevado correm risco significativamente maior de sofrerem morte prematura. Se as pessoas gordas se exercitassem regularmente, teriam mais chances de viver mais do que pessoas magras que não se exercitam. O exercício é mais importante que a magreza.
O senhor acha que os médicos deveriam encorajar as pessoas a emagrecer?
Eles deveriam encorajá-las a serem fisicamente ativas e a ter uma dieta saudável.
Em sua opinião, por que as mulheres se importam tanto com o corpo magro? 
O desejo de ser magro é um fenômeno cultural. Essa pressão está em todos os lugares, na moda, na academia, na imprensa e ainda pode ser reforçada em casa, com mães obsessivas e amigos preconceituosos.
A obesidade é uma doença que mata? É preciso se preocupar com uma epidemia da obesidade?
Obesidade não é uma doença assassina, mas ganho excessivo de peso é, para a maioria das pessoas, o marco de um estilo de vida imprudente. É o estilo de vida – marcado pela combinação de dieta pobre e sedentarismo – que mata. As pessoas precisam saber das consequências de seus comportamentos. Uma alimentação inadequada e pouco exercício físico levam ao ganho de peso e a maioria das pessoas não ficará feliz com isso. O melhor jeito de evitar engordar é ser ativo e comer alimentos saudáveis durante toda a vida.

O senhor acha mesmo possível ser saudável e gordo ao mesmo tempo?"Uma pessoa gorda pode ser tão ou mais saudável do que uma magra", afirma Glenn Gaesser, autor do livro Big Fat Lies: The Truth About Your Weight and Your Health (Mentiras deslavadas: a verdade sobre seu peso e sua saúde), professor de fisiologia do exercício e diretor do Programa Exercício e Bem-Estar da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos. A opinião de Gaesser vai contra o que diz a maioria dos médicos. Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, ele defende a polêmica tese.
Definitivamente. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que apenas um terço de homens e mulheres considerados obesos (utilizando o IMC, índice de massa corpórea, como parâmetro) corria um risco cardiovascular considerado normal. Em contrapartida, entre 20% e 30% das pessoas com o IMC saudável tinham um perfil anormal, com riscos de problemas no coração. Portanto, cerca de um terço dos americanos considerados obesos são mais saudáveis do que até um terço das pessoas com IMC normal.
Todos sabem que a prática regular de exercícios físicos faz bem à saúde. Na sua visão, isso também é válido para quem está gordo?
Os benefícios dos exercícios ocorrem em pessoas de todos os tamanhos. O exercício por si só não resulta em muita perda de peso, mas melhora a saúde.

Alguns médicos dizem a seus pacientes que eles vão morrer mais cedo se não perderem peso. Isso é verdade?
Não necessariamente. Somente pessoas com o IMC muito elevado correm risco significativamente maior de sofrerem morte prematura. Se as pessoas gordas se exercitassem regularmente, teriam mais chances de viver mais do que pessoas magras que não se exercitam. O exercício é mais importante que a magreza.
O senhor acha que os médicos deveriam encorajar as pessoas a emagrecer?
Eles deveriam encorajá-las a serem fisicamente ativas e a ter uma dieta saudável.
Em sua opinião, por que as mulheres se importam tanto com o corpo magro? 
O desejo de ser magro é um fenômeno cultural. Essa pressão está em todos os lugares, na moda, na academia, na imprensa e ainda pode ser reforçada em casa, com mães obsessivas e amigos preconceituosos.
A obesidade é uma doença que mata? É preciso se preocupar com uma epidemia da obesidade?
Obesidade não é uma doença assassina, mas ganho excessivo de peso é, para a maioria das pessoas, o marco de um estilo de vida imprudente. É o estilo de vida – marcado pela combinação de dieta pobre e sedentarismo – que mata. As pessoas precisam saber das consequências de seus comportamentos. Uma alimentação inadequada e pouco exercício físico levam ao ganho de peso e a maioria das pessoas não ficará feliz com isso. O melhor jeito de evitar engordar é ser ativo e comer alimentos saudáveis durante toda a vida.

O senhor acha mesmo possível ser saudável e gordo ao mesmo tempo?"Uma pessoa gorda pode ser tão ou mais saudável do que uma magra", afirma Glenn Gaesser, autor do livro Big Fat Lies: The Truth About Your Weight and Your Health (Mentiras deslavadas: a verdade sobre seu peso e sua saúde), professor de fisiologia do exercício e diretor do Programa Exercício e Bem-Estar da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos. A opinião de Gaesser vai contra o que diz a maioria dos médicos. Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, ele defende a polêmica tese.
Definitivamente. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que apenas um terço de homens e mulheres considerados obesos (utilizando o IMC, índice de massa corpórea, como parâmetro) corria um risco cardiovascular considerado normal. Em contrapartida, entre 20% e 30% das pessoas com o IMC saudável tinham um perfil anormal, com riscos de problemas no coração. Portanto, cerca de um terço dos americanos considerados obesos são mais saudáveis do que até um terço das pessoas com IMC normal.
Todos sabem que a prática regular de exercícios físicos faz bem à saúde. Na sua visão, isso também é válido para quem está gordo?
Os benefícios dos exercícios ocorrem em pessoas de todos os tamanhos. O exercício por si só não resulta em muita perda de peso, mas melhora a saúde.

Alguns médicos dizem a seus pacientes que eles vão morrer mais cedo se não perderem peso. Isso é verdade?
Não necessariamente. Somente pessoas com o IMC muito elevado correm risco significativamente maior de sofrerem morte prematura. Se as pessoas gordas se exercitassem regularmente, teriam mais chances de viver mais do que pessoas magras que não se exercitam. O exercício é mais importante que a magreza.
O senhor acha que os médicos deveriam encorajar as pessoas a emagrecer?
Eles deveriam encorajá-las a serem fisicamente ativas e a ter uma dieta saudável.
Em sua opinião, por que as mulheres se importam tanto com o corpo magro? 
O desejo de ser magro é um fenômeno cultural. Essa pressão está em todos os lugares, na moda, na academia, na imprensa e ainda pode ser reforçada em casa, com mães obsessivas e amigos preconceituosos.
A obesidade é uma doença que mata? É preciso se preocupar com uma epidemia da obesidade?
Obesidade não é uma doença assassina, mas ganho excessivo de peso é, para a maioria das pessoas, o marco de um estilo de vida imprudente. É o estilo de vida – marcado pela combinação de dieta pobre e sedentarismo – que mata. As pessoas precisam saber das consequências de seus comportamentos. Uma alimentação inadequada e pouco exercício físico levam ao ganho de peso e a maioria das pessoas não ficará feliz com isso. O melhor jeito de evitar engordar é ser ativo e comer alimentos saudáveis durante toda a vida.

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