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A oração — este impulso, a necessidade de estar com Deus para O escutar e para, diante dele, abrir o nosso coração — é uma das atitudes que distinguem o ser humano desde sempre. Vemo-lo nas cavernas pré-históricas e encontramo-lo em tantos cientistas contemporâneos, em tantos sábios e líderes. Mas, sobretudo, encontramo-lo desde sempre na gente comum, “normal”, de todos os países, de todas as culturas e religiões. De uma forma ou de outra; de um modo mais barulhento ou procurando o encontro no silêncio absoluto, o ser humano sempre quis estar, falar com Deus, encontrá-lo. Por isso, podemos dizer que a oração nos torna e nos mostra humanos. É, antes de mais, um grito de humanidade. A oração é o grito de quem recusa que a fatalidade possa ser a última palavra. Mesmo quando tudo nos parece escapar; mesmo quando parece que temos presas as nossas mãos (talvez, sobretudo, nesses momentos), podemos sempre abrir o coração e “derramá-lo diante do Senhor”. Claro que a eficácia da oração não se mede como a de um carro ou de um electrodoméstico. A oração nada tem de mágico. Mas o facto é que, ao longo da história da humanidade, tantas vezes os acontecimentos mudaram de rumo por causa da oração! No momento em que arriscamos mais um guerra mundial, o Papa Francisco convoca-nos à oração, à consagração ao Coração Imaculado da Mãe que não nos abandona. Como ele diz: “Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrai-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente”.
