Academia de letras,ciências e artes de Londrina
Vi e achei interessante em postar no Blog Comunicando para Refletir:
- Declamação
Pela Acadêmica e poetisa Leonilda Yvonneti Spina
"Pé Vermelho", de sua autoria
Sou “pé vermelho”.
Nasci ouvindo sons de serras,
carroças rangendo nas ruas,
meninos brincando na terra poeirenta,
pés descalços, costas nuas.
Ouvia casos de onças
rondando a redondeza.
Também histórias de índios:
- Caingangues, guaranis...
Passei infância tranquila
caçando sabiás, bem-te-vis,
encantado com muitas lendas
de caiporas, sacis.
(E também de afogamentos
de marginais, no Tibagi...)
Serão fatos ou boatos?
- São histórias que ouvi...
Diziam que antigamente,
na “Capital do café”
os negócios importantes
se davam nos cabarés.
O luxo era tal e tanto
que a fama desta cidade
corria por todo canto.
Sou “pé vermelho”.
Nasci amassando barro,
vendo rastro de carro
fazendo sulco no chão.
Eu não deixo este rincão...
Ah! Não deixo não!
Vi cada dia se erguer
nova casa de madeira
e crescerem os bordéis.
Ah! Os bordéis...
Vi o asfalto calçando as ruas,
canteiros de flores na praça,
- o progresso se acelerando
nas espirais de fumaça.
Ah! O namoro na praça!...
O retrato da cidade
no “lambe-lambe” se apagou...
Hoje ela mudou muito.
Ora... como mudou!
Tantas rádios operando,
canais de televisão,
colégios, teatros, museus, igrejas,
aeroporto, autódromo, “Zerão”.
Clubes, universidades,
estádios de futebol, “Moringão”.
(E a garra do “Tubarão”!)
Londrina já tem “calçadão”
pra quem não quer fazer nada
e avenidas repletas
que passam a noite acordadas.
Índios passeiam nas ruas,
vendem cestos, armam tendas.
Distante está meu passado...
Perto estão antigas lendas.
- Vocês já viram Londrina
palpitando, ao meio-dia,
na Avenida Paraná?
Até parece São Paulo,
no “Viaduto do Chá”!
Sou “pé vermelho”,
corajoso, aventureiro.
Faço tudo pra ganhar dinheiro:
- ao sol, no solo, a pé, na pedra...
Sou artista, corretor...
E tenho um orgulho danado
deste lugar abençoado!
- Sou “pé vermelho”, sim senhor!
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Vi e achei interessante em postar no Blog Comunicando para Refletir:
A acadêmica e poetisa Leonilda Yvonneti Spina e o Mestre de Cerimônias Jonas Rodrigues Matos |
Pela Acadêmica e poetisa Leonilda Yvonneti Spina
"Pé Vermelho", de sua autoria
Sou “pé vermelho”.
Nasci ouvindo sons de serras,
carroças rangendo nas ruas,
meninos brincando na terra poeirenta,
pés descalços, costas nuas.
Ouvia casos de onças
rondando a redondeza.
Também histórias de índios:
- Caingangues, guaranis...
Passei infância tranquila
caçando sabiás, bem-te-vis,
encantado com muitas lendas
de caiporas, sacis.
(E também de afogamentos
de marginais, no Tibagi...)
Serão fatos ou boatos?
- São histórias que ouvi...
Diziam que antigamente,
na “Capital do café”
os negócios importantes
se davam nos cabarés.
O luxo era tal e tanto
que a fama desta cidade
corria por todo canto.
Sou “pé vermelho”.
Nasci amassando barro,
vendo rastro de carro
fazendo sulco no chão.
Eu não deixo este rincão...
Ah! Não deixo não!
Vi cada dia se erguer
nova casa de madeira
e crescerem os bordéis.
Ah! Os bordéis...
Vi o asfalto calçando as ruas,
canteiros de flores na praça,
- o progresso se acelerando
nas espirais de fumaça.
Ah! O namoro na praça!...
O retrato da cidade
no “lambe-lambe” se apagou...
Hoje ela mudou muito.
Ora... como mudou!
Tantas rádios operando,
canais de televisão,
colégios, teatros, museus, igrejas,
aeroporto, autódromo, “Zerão”.
Clubes, universidades,
estádios de futebol, “Moringão”.
(E a garra do “Tubarão”!)
Londrina já tem “calçadão”
pra quem não quer fazer nada
e avenidas repletas
que passam a noite acordadas.
Índios passeiam nas ruas,
vendem cestos, armam tendas.
Distante está meu passado...
Perto estão antigas lendas.
- Vocês já viram Londrina
palpitando, ao meio-dia,
na Avenida Paraná?
Até parece São Paulo,
no “Viaduto do Chá”!
Sou “pé vermelho”,
corajoso, aventureiro.
Faço tudo pra ganhar dinheiro:
- ao sol, no solo, a pé, na pedra...
Sou artista, corretor...
E tenho um orgulho danado
deste lugar abençoado!
- Sou “pé vermelho”, sim senhor!
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Que bonito ver estas belas rimas sobre Londrina...
dá orgulho em ser londrinense, pé vermelho!
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