quarta-feira, 27 de abril de 2022

NO CEARÁ HÁ MUITAS FAMÍLIAS QUE PASSAM FOME. QUE TAL PENSAR NISSO!!!

 



Legenda: “E vou passando como Deus quer”, conforma-se 
Luciene Barros, 57, uma das cearenses vivendo em extrema pobreza na Capital
Foto: Thiago Gadelha

A água foi cortada, em tempos de lavar as mãos com frequência. A renda foi zerada, logo quando comer encareceu. O teto é “de favor”, assim como o alimento, pedido de porta em porta. “E vou passando como Deus quer”, conforma-se Luciene Barros, 57, uma das cearenses vivendo em extrema pobreza na Capital. Enquanto muitos podem gastar R$ 89 em uma refeição, 3,1 milhões de cearenses precisam viver o mês inteiro com isso. Ou menos. Ou nada. Eles compõem o 1,1 milhão de famílias que amargavam a situação de pobreza extrema no Estado, em abril de 2021. É o pior cenário desde 2012, primeiro ano da série histórica divulgada no painel de dados abertos do Ministério da Cidadania. Somando a essas as famílias em situação de pobreza não extrema, que têm renda de R$ 89,01 a R$ 178, o número sobe para 1.228.037 lares cearenses: 55.213 a mais do que em fevereiro de 2020, período anterior à pandemia. É o maior número de domicílios do Ceará nestas condições desde junho de 2015. Os dados são baseados nos registros do Cadastro Único (CadÚnico), por meio do qual cearenses recebem o Bolsa Família, por exemplo.

“Não tenho vergonha de pedir”

Para Luciene, que mora num bairro periférico de Fortaleza com os filhos e dois netos (de 4 e 6 anos de idade), “a vida piorou” com a chegada da Covid, e não apenas pelos óbvios riscos sanitários e pelo isolamento. Em relação aos mais abastados, conclui: "não estamos no mesmo barco".



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