Sempre me lembro dos amigos. Lá de Centenário do
Sul, das quermesses, do cinema, passeio na praça da igreja. Os amigos vêm e vão. Em alguns tempos muita alegria e convivência. Tempos de locutor
do alto falantes , perturbava toda cidade anunciando filmes no cinema...era sem
dúvida o mais ouvido pois as 4 cornetas mandavam minha voz e espantava o
silêncio dos moradores.
De repente, a ambição de mudar da cidade, é o meu caso, tinha um sonho
de ser locutor de rádio, outros estudar, outros resolveram ficar na pequena
cidade, levando uma vida legal ao lado de famílias boas e, consequentemente,
não quer outro mundo para morar. Aquele seu amigo não perde a
importância. Você não deixa de sentir carinho ou saudade dele, esteja aonde
estiver . No entanto, ele fica ali, guardadinho na memória, com as boas
lembranças, e apenas isso.
Tem certas pessoas (como eu talvez, quem sabe?) que
sentem uma certa dificuldade, ou têm preguiça mesmo, de procurar os outros, o
famoso ir atrás. Mesmo que você já saiba que o retorno e a recepção serão os
melhores possíveis, existe algo que te diz: ah, deixa pra lá. E é isso que você
faz. Vai deixando pra lá até que toda aquela intimidade que existia antes seja
repassada para outra pessoa. Dizem que ninguém é insubstituível. Eu sou único,
filho de Deus, porém sou substituível. Nossas impressões digitais são únicas
por isso somos diferentes. E convenhamos que faz sentido né?
Quantas risadas, viagens, conversas poderiam ser compartilhadas se a
gente evitasse deixar pra lá na hora de procurar um antigo amigo? A gente não
sabe o que está por vir na nossa vida e quem irá cruzar nosso caminho, mas uma
coisa é certa, podemos escolher quem queremos que fique por aqui, não só na
memória, mas presente na nossa vida.
Um grande abraço, amigos!!!
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