Imagens, produzidas por meio do programa Caminhos de Graffiti, retratam a tradicional Catita e a extração de peroba nas matas da cidade
O Programa Caminhos de Graffiti avançou e a segunda etapa, que coloriu com a arte o viaduto da Avenida Celso Garcia Cid, já pode ser apreciada pela população, desde domingo (13). Liderados pelo artista do Coletivo Capstyle, Eduardo Diniz, o Napa, e com o convidado Seth, de Joinville, vários grafiteiros da cidade levaram ao espaço algumas das principais memórias da fundação de Londrina, tendo como base o tema “Pioneiros”.
Caminhos de Graffiti é uma iniciativa da Prefeitura de Londrina, realizada por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), em parceria com a Associação Londrinense de Circo (ALC) e o Coletivo Capstyle. Selecionado por meio do Edital 007/2021, da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto conta com patrocínio do Promic e investimentos na ordem de R$ 280 mil.
Além de colorir os sete viadutos da cidade, o programa oferece oficinas de graffiti para vinte alunos, dez deles bolsistas. Na sede da ALC, que fica na zona norte, eles aprendem as principais técnicas dessa arte urbana, em dois encontros presenciais. Em seguida, participam das atividades práticas nos viadutos, dando apoio e suporte aos grafiteiros. A primeira etapa do programa usou o tema “Café” para encher de arte o viaduto da Dez de Dezembro com a rua Attílio Octávio Bisatto, próximo à rodoviária. Nesta segunda fase, foi a vez dos artistas Napa, Seth, Muka, Ecoart e Narizinho ilustrarem o viaduto da Avenida Celso Garcia Cid, nomeada em homenagem a um dos pioneiros da cidade.
Agora a comunidade que passa por ali consegue identificar a famosa Catita, que desde 1934 transportava os londrinenses, e um retrato da extração da peroba, vegetação nativa da região de Londrina e que foi amplamente utilizada para erguer as casas e comércios da cidade.
O prefeito Marcelo Belinati citou que o objetivo do Caminhos do Graffiti é transformar os viadutos em telas artísticas, tornando-os, assim, parte da cultura viva e atração turística em Londrina. É também um programa social, que beneficia jovens das periferias e os aproxima dessa arte urbana. “Cada viaduto terá um tema específico sobre a cultura e história de Londrina. Serão criadas oficinas pedagógicas para pensar as artes, e os jovens terão aulas para aprender a arte do graffiti. Ao todo, nessa primeira etapa dos sete viadutos, serão dezenas de jovens aprendendo o grafite, sendo dez deles com bolsas de aprendizagem no valor de R$ 500, abrindo oportunidades aos jovens de baixa renda da periferia”, destacou.
Coordenador desta segunda etapa, no viaduto da Celso Garcia Cid, o artista Napa, do Capstyle, contou que o tema “pioneiros” veio ao encontro da localização, já que antigamente a via era a rota para interligar Londrina e Ibiporã. “Com essa ideia, retratei a Catita, um dos primeiros ônibus da frota da Viação Garcia. O veículo era um caminhão do transporte de madeira, mas foi adaptado para ser uma ‘jardineira’. Nosso artista convidado, o Seth, utilizou uma foto que está em exposição na Rodoviária, mostrando a coleta da peroba na mata nativa da cidade”, detalhou.
Sobre o envolvimento dos alunos nas oficinas e grafitagens, Napa comentou que estão empenhados e se dedicando bastante. “Eles estão encarando muito bem, se dedicando bastante, utilizando o que é passado nas oficinas para colocar na prática. Está sendo um trabalho muito bacana, porque desde que o projeto iniciou, já é possível notar em alguns deles uma evolução, o que é sinal de que está dando certo, dando resultado. E tê-los próximos é uma forma de multiplicar artistas na cidade, fortalecendo a cena”, frisou.
A próxima etapa do programa será focada nas artistas mulheres. Os trabalhos serão coordenados pela graffiteira Kenia Kuriki, e Jay Moraes, de Cascavel, é a artista convidada. O tema desta terceira fase será “Londrina, cidade das artes”. Para esta nova fase, as oficinas acontecerão na próxima terça (22) e quarta-feira (23). Em seguida, os alunos e graffiteiros retornam ao viaduto da Avenida Celso Garcia, e as imagens devem ser finalizadas até o dia 27 de março. A comemoração do Dia Nacional das Artes em 12 de agosto foi definida a partir de duas leis que se referem à regulamentação da profissão de Artista e Técnico em Espetáculos e Diversões, sancionadas em maio e outubro de 1978 (Leis Nº 6.533 e Nº 82.385). A oficialização da data institucionaliza a valorização das manifestações artísticas, essenciais para a expressão e a existência humana. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Arte compõe o quadro de disciplinas do ensino básico, partindo do princípio que enuncia a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber”. Sabendo da importância da Arte para a educação, falaremos um pouco sobre sua definição e seu papel social e individual, além de maneiras de trabalhar essa data nas atividades escolares.
O que é Arte? A palavra Arte tem origem no vocábulo latino ars, que significa “técnica” ou “habilidade”. Seu conceito pode ser definido como uma atividade humana que usa de diversas linguagens para expressão de sentimentos, história e cultura, criada dentro de valores estéticos e narrativos, de beleza, equilíbrio e harmonia. Quem é o artista? De acordo com a legislação brasileira, artista é o profissional que “cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública”É o artista que, através da sua criatividade e talento, emociona, alegra, intriga e engaja o público. Mas, para além de uma definição profissional, artista é aquele que usa da arte para expressar-se de forma genuína, podendo ter inspirações emocionais, políticas, culturais, religiosas, sociais etc.
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