- Taís Luso de Carvalho repassado ao Blog do Oswaldo:
Dias atrás, escutei de uma vizinha essa pérola: Se eu me aposentar, morro! Mas que coisa mais louca isso, vizinha! Aposentadoria não é uma sentença de morte. É o início de uma nova etapa, e pode ser produtiva e muito feliz. Acomodar-se é que poderá ser uma preocupação: pegar amor às pantufas!
Enquanto alguns ficam felizes com a chegada da sua aposentadoria, outros entram em conflito: e agora… o que vou fazer? O ser humano é muito complicado: quando está trabalhando, diz estar se matando, que não vê a hora de aposentar-se; quando se aposenta reclama do que fazer. Entra em depressão e a coisa complica. Assim fica difícil.
Presumo que a aposentadoria seja uma etapa problemática na vida de muitas pessoas. É o fim de um período que foi muito produtivo, que se iniciou quando o indivíduo era jovem, saudável e idealista. Mas, não significa dependurar as chuteiras ou sentir-se inútil. Não deveria ser mais uma inquietação nos tempos atuais.
Vejo muitas pessoas caminharem pelas ruas, com o passo já travado, sem sonhos e sem perspectivas. A vida do aposentado torna-se triste quando o indivíduo fez do trabalho o centro de sua vida. Acabou uma etapa? Bola pra frente! Existem muitas atividades e uma delas é manter-se saudável.
Seria ótimo esquecermos das expressões enganosas: Melhor idade, Feliz Idade, Maravilhosa Idade... essas bobagens. Esses rótulos não servem pra nada, apenas iludem. Parece que a criatura está aos frangalhos e ganha uma medalha de consolação: Feliz Idade!! Ora, existe uma idade para sermos felizes? Por que esses rótulos?
Já viramos o século e a mentalidade não mudou muito. O mundo está cheio de aposentados que estão ótimos, a não ser que o indivíduo esteja estropiado e pedindo água pelo caminho. Mas hoje, com essa turma em academias, namorando, produzindo ou investindo no seu bem-estar? Como diz a garotada, o tio aí tá inteiro!!!
Os radicais livres – que são as toxinas nocivas à nossa saúde, determinarão o grau e a velocidade do nosso envelhecimento. Somos diferenciados: há pessoas com setenta, oitenta anos estão muito bem, e outras com cinquenta já estão andando com freio de mão meio puxado.
Milhares de aposentados estão trabalhando em outras atividades, justamente pela sua experiência e boa saúde.
É certo que não encontramos nos mais jovens aquela experiência que encontramos nos mais velhos. Neles encontramos disposição, saúde, sonhos, vontade de aprender e abraçar o mundo, o que é muito positivo. É bom poder ver pessoas de todas as idades trabalhando lado a lado. Ninguém tem o direito de tornar alguém incapaz ou destruí-lo, enquadrando-o num estado de ócio e de improdutividade.
A vida tem etapas: a felicidade não está em números. Está na qualidade de vida que levamos e os sonhos que queremos alcançar.
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