Como tudo na história do Brasil, a origem da Caipirinha também
tem mais de 1 versão, mas vamos compartilhar aqui as mais
mencionadas pelos historiadores. As principais versões apontam
que a origem tenha sido em Piracicaba, no interior de São Paulo
sendo que:
Segundo Luís da Câmara Cascudo
A versão do historiador com teor mais acadêmico, a caipirinha foi criada no século 19 por latifundiários que tinham como objetivo criar um drinque de qualidade para substituir o uísque e até mesmo vinhos importados nas festas de alto padrão e com um drinque que fosse bem caractarístico da cultura canavieira.
Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC)
A versão do Instituto Brasileiro da Cachaça menciona que tem ainda uma tese mais popular de que a caipirinha teria surgido por volta de 1918, a partir de uma adaptação de uma mistura indicada para pessoas afetadas por um surto de gripe espanhola, aliás, bem semelhante à pandemia que vivemos do COVID-19. E esta mistura consumida como remédio tinha limão, alho, mel e álcool que era comum acrescentar aos remédios caseiros na tentativa de acelerar e intensificar o efeito de cura.
Além de considerarem esta receita de remédio caseiro eficaz, a mesma acabou caindo no gosto do povo que mudou algumas coisas até chegar na receita que conhecemos hoje: tiraram o alho, substituiram o mel pelo açúcar, colocaram cachaça e alguém teve a ideia de acrescentar o gelo para deixar o drinque mais fresco e deu certo. Hoje permanece sendo a receita da caipirinha tradicional que faz sucesso em todo Brasil e, inclusive, é a bebida preferida pelos estrangeiros.
Outras possíveis versões
Tem ainda registros que mencionam que a caipirinha se popularizou em 1922, quando a pintora Tarsila do Amaral durante a primeira Semana de Arte Moderna, na capital paulista, determinou a Caipirinha como bebida oficial do evento, enobrecendo ainda mais a receita brasileira.
Em tempo…
A fotografia acima é do site Wikipedia e foi realizada no contexto da Exposição de Tarsila do Amaral no Rio de Janeiro, em 1929.
Tem até uma versão que defende que a caipirinha não tenha surgido em São Paulo, mas sim em Paraty (RJ). Alegam que o fato da região ser um dos berços de cachaça no país, já era muito prestigiada desde o século 17. Tem ainda a questão de que o historiador Diuner Mello possui alguns documentos que datam de 1856 e apresentam as medidas tomadas também contra uma epidemia de cólera.
Vale destacar que entre todos esses registros, existe uma carta do engenheiro João Pinto Gomes Lamego que apresenta uma receita — “aguardente temperada com água, açúcar e limão” — e que nada mais é o que chamamos de caipirinha.
Seja qual for a versão, uma coisa é fato: a Caipirinha é do Brasil, já conquistou o mundo todo e consta na nossa legislação da seguinte forma:
De acordo com o Decreto nº 6.871, de 2009:
5º A bebida prevista no caput, com graduação alcoólica de quinze a trinta e seis por cento em volume, a vinte graus Celsius, elaborada com cachaça, limão e açúcar, poderá ser denominada de caipirinha (bebida típica do Brasil), facultada a adição de água para a padronização da graduação alcoólica e de aditivos.
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