A humanidade está obcecada pelas telas. O alerta vem do próprio inventor do celular, o engenheiro norte-americano Martin Cooper. Apesar de reconhecer que o dispositivo tem um potencial quase ilimitado, pede que as pessoas parem um pouco de olhar para as telas.
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Em entrevista à AFP, o homem de 94 anos confessa que fica "arrasado" ao ver alguém atravessando a rua e olhando para o celular, por exemplo. "Eles estão loucos”, comenta. “O celular agora se tornou uma extensão da pessoa."
De acordo com o inventor do celular, levando em consideração os milhões de aplicativos disponíveis, tudo parece informação demais. “Nunca, jamais vou entender como usar o celular da maneira que meus netos e bisnetos fazem”, afirma. Em sua opinião, no momento, estamos na fase de encarar os telefones sem pensar, mas isso não vai durar.
Diversos estudos já destacaram os impactos negativos das telas. Uma pesquisa de 2022, por exemplo, já apontou que o uso excessivo de redes sociais a longo prazo pode resultar em depressão. Os malefícios começam já na infância: a exposição excessiva a telas pode deixar crianças impulsivas e mal-humoradas.
Martin Cooper, o pai do celular
Um dos pais da tecnologia, Martin Cooper se inspirou em Star Trek ao revolucionar a indústria com um dos produtos mais importantes da tecnologia. O produto em questão ganhou o nome de DynaTAC 8000X, e antes dele, a única opção para falar com alguém por meio de ligação era usando um telefone preso na parede.
O DynaTAC foi inventado em 1973, tinha 25 cm de comprimento e 7 cm de largura, pesava cerca de 1 quilo e tinha uma bateria que só durava meia hora. Aos 94 anos, Cooper continua dono da empresa Dyna, fundada justamente para promover seu trabalho em tecnologia mobile.
Fonte: AP News
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