Estava numa loja do calçadão de Londrina logo por estar numa banca próxima vi o senhor de idade, alguém comprando presentinhos para os netos. Ele olhava este ou aquele? Puxando conversa - eu perguntei sobre sua infância, o que costumava ganhar em tempos de crianças? No Dia das Crianças - ou em qual época. Um tanto tímida e com uma tristeza aparente, o senhor contou-me um pouco de sua infância pobre: algumas vezes boa, outras nem tanto. Porém contou que nunca havia recebido um presentinho sequer. Lógico que isso lhe marcou, mesmo sabendo das razões. E calou-se com a intenção de segurar algumas lágrimas.
Fiquei triste em ouvir tal história. embora eu tenha passado por isso quando criança. Era normal ou falta de condições E chorou. É vamos vamos alimentando as duas crianças que moram em nós: uma criança brincalhona, bagunceira e feliz; e outra com magoas, frustrações e sofrimentos. E carregamos as duas juntas pela vida afora...
E assim a humanidade vai vivendo e sobrevivendo, entre suas dores e alegrias; e poucas são as coisas enfeitadas com laços e fitas. Na verdade, a vida não é nada cor-de-rosa. Nunca foi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário