Às vezes uma boa história vale mais do que mil palavras. Histórias curtas que falam desses personagens que eram líderes populares da política brasileira. Histórias curiosas e pitorescas...
===== O mendigo permaneceu inerte. E emocionado!!!
DEFINIÇÃO DE GOVERNO:
Getúlio Vargas e seu ministro da Viação, José Américo de Almeida, tiveram uma conversa intrigante, dias antes do suicídio que o fez entrar para a História.
=== Impossível governar este país. Os homens de verdadeiro espírito público vão se escasseando cada vez mais - desabafou Getúlio.
=== E o que é que o senhor acha dos homens de seu governo?
=== Perguntou José Américo.
O ex-ditador observou, desolado:
=== A metade não é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo.
VALENTIA ELEITOREIRA:
Quando chegou a Jaú, na campanha para o governo paulista , nos idos de 1962, Ademar de Barros foi informado dos rumores de seu iminente assassinato. Ele nem liga. E faz questão de passar na frente do clube onde os pretensos matadores se reuniram. Caminha até o meio da rua, com os inimigos nas janelas, acende um cigarro e grita:
=== Cadê os valentões? Não vejo ninguém por aí...
Os amigos observaram a cena à distância, claro, mas passados alguns instantes, correram para o abraço. Ademar se vangloriou:
=== Nada temo. Fui muito bem curado de lombriga quando era pequeno.
PROVOCAÇÃO:
Jânio Quadros fazia campanha para o governo paulista, em 1982, quando um mendigo, com toco de cigarro pendurado na boca, gritou:
=== Fujão! Fujão! Fujão!
Jânio Quadros ignorou o homem, enquanto seus assessores tentavam silenciá-lo.
Mas, ao descer do palanque, ele se viu de frente com o mendigo, que, claro, gritava a plenos pulmões:...... “Fujaããããão”!
Jânio olhou-o fixamente e se dirigiu a ele, resoluto. Todos temiam que o ex-presidente , aos 65 anos, decidisse esmurrar o homem, que se calou de repente e ficou paradão com medo.
Jânio levantou o braço sobre um segurança e num golpe rápido, em vez de soco, retirou o toco de cigarro dos lábios provocadores, colocou-o na própria boca e foi embora.
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