De acordo com dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), os índices de sobrepeso e obesidade no mundo estão cada vez mais altos. "No Brasil, quase metade da população está acima do peso ideal. Entre as principais razões estão o sedentarismo, os hábitos alimentares incorretos e o estresse. A obesidade é, sem dúvidas, um problema de saúde pública que precisa ser controlado, sobretudo com informação e prevenção", adverte o presidente da Abramge-PR/SC, Cadri Massuda. Do ponto de vista de Massuda, há um aumento desproporcional do número de cirurgias bariátricas para solucionar o problema de excesso de peso. "Segundo protocolos internacionais, a cirurgia é indicada apenas em casos que comprometam gravemente a saúde, que são os casos de obesidade mórbida. Além disso 50% dos pacientes que realizam a cirurgia bariátrica acabam retornando ao peso antigo após cinco anos. Temos visto pessoas buscando o tratamento pelo SUS ou até mesmo particular para não precisar se submeter a esse protocolo", alerta. Uma solução, segundo Massuda, seria a urgente regulamentação. "É preciso que exista uma fiscalização para garantir que o procedimento seja realizado nos casos realmente indicados, o que resultará em menos riscos e mais sucesso do tratamento", disse.
Por outro lado, do ponto de vista do médico e professor de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Universidade Estadual de Londrina(UEL) e Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Antonio Carlos Valezi, a melhora de muitas doenças associadas à obesidade estimula mais obesos a procurarem esta modalidade terapêutica. E complementa: "A realização da cirurgia por laparoscopia, proporciona efeito estético melhor e retorno mais precoce às atividades, já que a recuperação pós-operatória é mais rápida; entretanto, a indicação cirúrgica deve obedecer os critérios propostos pelas sociedades médicas e Ministério da Saúde. O resultado depende de seu comportamento no pós-operatório, durante toda sua vida.
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