Antes da invenção da escrita, a humanidade usou paredes de cavernas como folha para desenhar mapas e por meio de pinturas rupestres representaram o caminho dos locais onde havia caça.
Posteriormente, os mapas tradicionais, geralmente, representavam o mundo conhecido pela bíblia; eram repletos de ilustrações de lugares ficcionais e monstros lendários.
Apenas em 1450, Fra Mauro, religioso, cartógrafo e grande cosmógrafo (ciência que mapeia as características gerais do cosmos ou universo), criou o mapa-mundi mais fodástico da sua época. Sendo assim, tornou-se um marco na história da cartografia.
O mapa criado por ele foi o mais detalhado do mundo (para a época) utilizando de um método científico, logo, havia o cálculo de proporções dos territórios e distância entre eles.
O cartógrafo compilou centenas de relatos de viajantes que passaram pelo continente africano e asiático. Dentre estes viajantes temos alguns bem famosos, como: Marco Polo e Zheng He.
Zheng He, grande navegador, sua frota incluía cerca de 250 navios,
com mais de 27 mil homens.
E, para mim, o mais interessante é que os relatos eram tão detalhados que Fra Mauro não apenas descrevia a geografia dos locais, mas também a história do povo que ali habitava.
Por exemplo, em relação ao povos da Escócia, o cartógrafo detalhou que: “As pessoas preferem a morte do que a servidão” além disso “são violentos e cruéis com os inimigos e possuem rancor contra a Britânia” e que “o território é abundante em pastos, montanhas, rios e animais”.
O trabalho de Fra Mauro foi encomendado pelos governantes de Portugal e Veneza (uma das primeiras nações marítimas da época) e contava com três mil textos e ilustrações detalhadas de cada área descrita por ele.
Rei Afonso V, de Portugal.
Todo o trabalho demorou dez anos para ser finalizado em um mapa de 2.4 x 2.4 metros e posteriormente vários navegadores europeus o usaram. Antes de Fra Mauro houve um cartógrafo que confeccionou um mapa a partir de relatos de viajantes, Maomé Idrissi, um cartógrafo espanhol que representou África, Ásia e Europa (juntos) em seu mapa.
Entretanto, é no mapa de Fra Mauro que conseguimos ver grandes semelhanças entre sua arte e fotos tiradas, hoje em dia, por satélites.
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