segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

AS ESCOLAS DO BRASIL RECEBERAM NOTA VERMELHA EM MATEMÁTICA.

 


Por Natuza Nery, g1

 

No primeiro ranking do Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) depois da pandemia, a educação brasileira ocupa os últimos lugares. Em matemática, o desempenho foi especialmente ruim: 73% dos alunos de 15 anos não conseguem resolver problemas simples, como converter moedas ou comparar distâncias; o que rendeu ao país a fraca pontuação de 379 (de até 600) e a 52ª posição entre 81 países - atrás, por exemplo, de Costa Rica e Peru. Para explicar as causas e apresentar possíveis soluções para o problema, Natuza Nery fala com Luiza Tenente, repórter de Educação do g1, e com Katia Smole, ex-secretária de educação básica do MEC, diretora-executivo do Instituto Reúna e especialista em formação de professores de matemática. Neste episódio:

  • Luiza descreve o desempenho brasileiro no Pisa, que se mantém estável nos últimos 10 anos, mas é “bem pior do que a média”. E explica por que o resultado em matemática é tão ruim: “Os alunos dependem mais da escola. E há defasagem cumulativa, pela baixa qualidade das escolas e da formação dos professores”;
  • Ela comenta o posicionamento do Ministério da Educação em relação aos dados do Pisa. Na lista de ações anunciadas está o foco na formação de professores e a redução dos cursos de licenciatura em formato EAD. “Tem professores que pisam pela primeira vez numa sala de aula depois de formados”, afirma;
  • Katia avalia que parte do mau desempenho dos alunos brasileiros em matemática se justifica pela “falta de proposta clara para a educação básica no país”. E fala sobre como novos elementos da pedagogia poderiam ser utilizados para tornar o estudo da disciplina mais atraente: “As faculdades deveriam trazer isso para dentro da formação de novos professores”.

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