Os turistas que encontraram uma câmera espiã escondida na tomada de um quarto no flat em que estavam hospedados pretendem processar os responsáveis pela hospedagem onde o equipamento foi achado, de acordo com o advogado que representa o casal. O apartamento fica na Praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. A câmera estava camuflada embaixo da TV.
De acordo com o advogado do casal de turistas, Roque Henrique Campos, uma ação civil será aberta na Justiça em São Paulo, local onde os turistas moram e a partir de onde foi feita a reserva. Além disso, segundo ele, após a conclusão de inquérito da Polícia Civil, uma ação criminal também será proposta. Ainda segundo o advogado, as medidas a serem tomadas vão envolver todos os agentes que estiveram inclusos na negociação direta da contratação dos serviços.
A câmera estava em frente à cama de um dos quartos de um flat no OKA Beach Residence. A hospedagem foi reservada por meio do site Booking. O casal, que pediu para não ser identificado, estava viajando com duas amigas. Eles ficaram em um dos flats e as amigas, em outro.
Como a câmera foi descoberta?
O advogado contou ao g1 que tudo começou no final da tarde da terça-feira (16), quando a esposa ouviu um barulho próximo da televisão. Ela encontrou o que parecia ser um receptor de tomada, de onde vinha o barulho, mas não conseguia colocar nenhum carregador no local. Ao examinar com a lanterna do celular, percebeu que se tratava de uma câmera.O delegado Ney Luiz, que investiga o caso, informou que a ocorrência é investigada como crime de "registro não autorizado de intimidade sexual".
Isso é definido pelo Código Penal Brasileiro como "produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes". A pena prevista é de prisão de seis meses a um ano, além de multa.
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