domingo, 10 de março de 2024

A ARTE DO BEM VIVER

 



     - Taís Luso

Não lembro de ter visto, em anos passados, um aumento tão considerável de pessoas com depressão e com alto nível de estresse. Vê-se, também, com mais frequência, pessoas que sofreram um AVC. Não há cabeça que aguente muita pancada da vida. O cérebro é delicado, requer cuidados, pede moderação nas nossas emoções - entre outras coisas, é claro.
Meu pai, cardiologista, era um homem equilibrado, não colocava a mão em arapucas, não discutia, não brigava. Poupava-se. Tinha suas defesas. Aprendi um pouquinho a maneirar minhas reações, minhas emoções, dizia-me para deixar passar as coisas irrelevantes; não dar murro em ponta de faca –  de nada adianta – mas, nem sempre é possível evitar.


Para uma vida saudável, sabemos que a alimentação, exercícios físicos e equilíbrio emocional são fundamentais. Os confrontos e discussões acirradas agravam certas doenças, ainda mais se trouxermos da família alguma herança nada saudável.
Não estamos isentos de maus súbitos após uma discussão acirrada. Geralmente vamos à exaustão querendo provar que nossa opinião ou atitude é a correta. E com ela salvaremos  o mundo. Acabamos por não atingirmos o alvo, e ficamos com o estrago e a ansiedade que vai se acumulando. E vem a derradeira pergunta :


— Por que fui entrar nessa?
— Por causa do seu ego – diria nossa consciência.


Difícil de aprender. Abrimos nossa guarda e expomos nossa vulnerabilidade em confrontos idiotas e  dispensáveis. Essa é a vida de muitos, sempre numa corda bamba. Uma hora perde-se o equilíbrio e deu! Pois é... aconteceu. Coitada, que Deus a tenha!
Se houvesse uma vacina que evitasse a quebra de nosso equilíbrio, desorganização de nossas emoções, tenho certeza que nossa qualidade de vida seria outraque a expectativa de vida estaria muito além da média de hoje.


E viveríamos muito mais felizes.

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