sexta-feira, 22 de março de 2024

VAMOS AO CINEMA? "SAUDOSA MALOCA" EM CARTAZ NOS CINEMAS!

 CINEMA

Em 'Saudosa Maloca', Paulo Miklos encarna seu próprio Adoniran Barbosa

            

Publicado em: 21/03/2024 07:00 | Atualizado em: 21/03/2024 11:51

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(Divulgação/Elo Studios)
Divulgação/Elo Studios

 

Em cartaz nos cinemas a partir desta quinta-feira (21), Saudosa Maloca põe o músico e ator Paulo Miklos na pele de Adoniran Barbosa, pseudônimo de João Rubinato, considerado um dos pais do samba paulista e dono de letras que atravessaram gerações. Costurando realidade e ficção, fatos e fantasia, o roteiro expande o curta 'Dá licença de contar', de 2015, também com direção de Pedro Serrano, e utiliza o senso de humor característico de seu protagonista para, através desses flashbacks, dar vida aos causos narrados pelas músicas de Adoniran, desde ‘Trem das onze’, passando pelo 'Samba do Arnesto' e 'Iracema', até aquela que dá título ao projeto. Gero Camilo e Gustavo Machado completam o elenco, respectivamente nos papeis de Mato Grosso e Joca, que, junto a Adoniran, formam um trio para quem o trabalho duro é o maior inimigo, enquanto transformar cada causo em samba é a grande especialidade.

 

Assumido como uma comédia-homenagem que intenta menos um efeito biográfico e mais uma celebração do ícone através de uma brincadeira musicada, Saudosa Maloca tem leveza e graciosidade suficiente para compensar algumas fragilidades, sendo a estética pouco inspirada a principal delas. É visível – e simbolicamente óbvia – a escolha por representar o presente numa paleta acinzentada e o passado em tons quentes e vivos, mas essa opção repetitiva entra em conflito com a crescente abertura na amizade hipotética entre o músico e o garçom. No geral, portanto, o roteiro e as atuações trazem cores que não se refletem na fotografia.

 

Em mais uma oportunidade recente de demonstrar sua versatilidade como ator, Paulo Miklos encontra um equilíbrio notável entre o realismo e o tom de crônica, além de imprimir ocasionalmente a melancolia que está na base da história de João Rubinato e de seus amigos – tenham eles realmente existido ou não. Para um homem que se fundiu com seu próprio personagem, afinal, não existe fronteira entre verdade e imaginação.

 

Ao Viver, o ator reflete sobre esse papel e sobre o recorte proposto pelo roteiro. "É um filme muito afetuoso com a obra dele. Quanto mais você conhece as músicas, mais você se delicia com o filme, que é cheio de citações e referências, sejam verbais, visuais ou através de situações. O público já sabe o destino de alguns dos personagens justamente a partir das letras, mas o que ele não sabe é o como e o quando certas coisas vão acontecer, e isso é das coisas mais interessantes da experiência de assistir", comenta Paulo.

 

"Adoniran já é em si um personagem, que resiste ao tempo e que parece deslocado da época em que viveu, com seu bigodinho, gravata borboleta, seu chapéu. 

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