Um bom ouvinte desenvolve conversas vistas como cooperativas

Nessas interações, o feedback fluiu suavemente em ambas as direções, sem que nenhuma das partes ficasse na defensiva sobre os comentários que a outra fazia. Em contraste, ouvintes ruins eram vistos como competitivos – ouvindo apenas para identificar erros de raciocínio ou lógica, usando seu silêncio como uma chance de preparar sua próxima resposta. Isso pode torná-lo um excelente debatedor, mas não o torna um bom ouvinte. Bons ouvintes podem desafiar suposições e discordar, mas a pessoa que está sendo ouvida sente que o outro está tentando ajudar, não simplesmente querendo ganhar a discussão.

Um bom ouvinte faz sugestões

Os bons ouvintes invariavelmente incluíam algum feedback dado de uma forma que os outros aceitariam e que abre caminhos alternativos a serem considerados. “Esse achado nos surpreendeu um pouco, já que não é incomum ouvir reclamações de que ‘Fulano não ouviu, ele apenas se intrometeu e tentou resolver o problema’. Talvez o que os dados nos dizem é que fazer sugestões não é o problema em si; pode ser a habilidade com que essas sugestões são feitas. Outra possibilidade é que estamos mais propensos a aceitar sugestões de pessoas que já consideramos bons ouvintes.” Por exemplo: alguém que fica em silêncio durante toda a conversa e depois pula a uma sugestão pode não ser visto como confiável, assim como alguém que parece combativo ou crítico ao dar um conselho.

“Embora muitos de nós pensemos que ser um bom ouvinte é como ser uma esponja que absorve com precisão o que a outra pessoa está dizendo, em vez disso, o que essas descobertas mostram é que bons ouvintes são como trampolins. Eles são alguém com quem você pode trocar ideias – e em vez de absorver suas ideias e energia, eles amplificam, energizam e esclarecem seu pensamento. Eles fazem você se sentir melhor não apenas absorvendo passivamente, mas apoiando ativamente. Isso permite que você ganhe energia e altura, como alguém pulando em um trampolim”, concluem Zenger e Folkman.