SABIÁS do Brasil se destacam pela vocalização,
19 espécies de sabiás que formam um verdadeiro “coral” da floresta; cor da plumagem diferencia algumas espécies.
Por Giulia Bucheroni, Terra da Gente
O sabiá-laranjeira foi escolhido como ave nacional em 2002 — Foto: Terra da Gente
Muito mais do que uma brincadeira de criança, esse trava-línguas realça a principal característica do sabiá: o canto.
O “coral” dos sabiás conta com 19 cantores que se destacam pela qualidade do som. É o caso do sabiá-da-mata, cujo canto flautado, característico dos machos, é considerado um dos mais bonitos de toda avifauna brasileira.
No “ranking” das aves destaca-se também o sabiá-laranjeira: intitulado ave símbolo do Brasil em 2002, a espécie ocorre em todo o País e é citada em músicas de renomados compositores brasileiros.
Territorial, a ave demarca uma área geográfica quando está reproduzindo e não aceita a presença de outras aves da mesma espécie.
Conhecido também pelo canto melodioso, o laranjeira pode ser confundido com o sabiá-barranco, embora apresentem diferenças na plumagem e na vocalização.
Sabiá-barranco vocaliza apenas durante a Primavera — Foto: Ananda Porto/TG
Considerado o sabiá mais comum do Brasil, o sabiá-barranco é espécie semi-florestal que vive à beira de matas, parques, matas de galeria, coqueirais e cafezais de todo o país. Com cerca de 22 centímetros é um pouco menor que o sabiá-da-mata e o laranjeira.
A diferença com a ave símbolo do Brasil também se faz no canto, uma vez que a vocalização do sabiá-barranco é mais fraca. De ritmo contínuo, o canto só é ouvido na Primavera, época de acasalamento. Durante as outras estações, a ave só emite sons de alerta ou para disputar por poleiros melhores.
Sabiá-una tem plumagem escura e bico amarelo — Foto: Luciano Lima/ TG
Ainda na paleta de cores, destaca-se o sabiá-bicolor que, como o nome adianta, apresenta cores da plumagem que se contrastam ao branco da barriga, crisso e coberteiras sub-caudais.
Presente em grande parte da Amazônia, a espécie é discreta e pode ser confundida com o sabiá-da-mata, que se diferencia pelo tamanho, já que esse último é um pouco maior, possui cor marrom uniforme, barriga branca no centro, garganta estriada e bico escuro.
Diferente dos sabiás “coloridos”, o nome popular do sabiá-da-mata faz referência ao costume dele viver no interior e nas bordas de florestas pantanosas e de várzea. Raramente observado, ocorre na Amazônia brasileira, Mato Grosso, Goiás e de Pernambuco ao Rio de Janeiro. Encontrada também na Colômbia, Venezuela e Guianas, a ave é detectada pela vocalização.
Sabiá-do-campo tem o hábito de caminhar no chão — Foto: Ananda Porto/TG
PARECE, MAS NÃO É
Se engana quem inclui o sabiá-cica e o sabiá-do-campo na lista dos 19 sabiás brasileiros. Isso porque, apesar do nome, as espécies não fazem parte da família. O “batismo” se deve à vocalização das aves, muito parecida com a dos sabiás.
Legítimo performance, o sabiá-do-campo chega a repetir a vocalização de até seis espécies, além do próprio canto.
Apesar da aparência a espécie recebe o nome de sabiá-cica pois canta como um sabiá — Foto: Andréa Faria Santos/VC no TG
Do tupi, que significa “mãe do sabiá”, o nome sabiá-cica faz jus ao canto similar ao do sabiá-laranjeira, sabiá-coleira, sabiá-da-mata e sabiá-preto. A ave é um psitacídeo e pertence à família das araras, periquitos, tiribas e papagaios.
Sabiás do Brasil se destacam pela vocalização
19 espécies de sabiá compõem um verdadeiro “coral” da floresta; cor da plumagem diferencia algumas espécies.
Por Giulia Bucheroni, Terra da Gente
O sabiá-laranjeira foi escolhido como ave nacional em 2002 — Foto: Terra da Gente
“Sabia que o sabiá sabia assobiar?”. Muito mais do que uma brincadeira de criança, esse trava-línguas realça a principal característica do sabiá: o canto.
O “coral” dos sabiás conta com 19 cantores que se destacam pela qualidade do som. É o caso do sabiá-da-mata, cujo canto flautado, característico dos machos, é considerado um dos mais bonitos de toda avifauna brasileira.
No “ranking” das aves destaca-se também o sabiá-laranjeira: intitulado ave símbolo do Brasil em 2002, a espécie ocorre em todo o País e é citada em músicas de renomados compositores brasileiros.
Territorial, a ave demarca uma área geográfica quando está reproduzindo e não aceita a presença de outras aves da mesma espécie.
Conhecido também pelo canto melodioso, o laranjeira pode ser confundido com o sabiá-barranco, embora apresentem diferenças na plumagem e na vocalização.
Sabiá-barranco vocaliza apenas durante a Primavera — Foto: Ananda Porto/TG
Considerado o sabiá mais comum do Brasil, o sabiá-barranco é espécie semi-florestal que vive à beira de matas, parques, matas de galeria, coqueirais e cafezais de todo o país. Com cerca de 22 centímetros é um pouco menor que o sabiá-da-mata e o laranjeira.
A diferença com a ave símbolo do Brasil também se faz no canto, uma vez que a vocalização do sabiá-barranco é mais fraca. De ritmo contínuo, o canto só é ouvido na Primavera, época de acasalamento. Durante as outras estações, a ave só emite sons de alerta ou para disputar por poleiros melhores.
O COLORIDO DOS SABIÁS
Entre as 19 espécies de sabiá é possível identificar algumas pela coloração da plumagem, característica presente nos nomes populares das aves.
É o caso do sabiá-castanho, que apresenta plumagem uniformemente marrom acastanhada na parte superior, garganta e peito.
O mesmo ocorre com o sabiá-preto, cujo macho apresenta plumagem inteira preta, e com o sabiá-ruivo, ave migratória que desfila a plumagem castanha e a contra-asa com tonalidade cor-de-fogo pelas florestas da Europa, Sibéria, norte da África e sudoeste da Ásia.
Sabiá-una tem plumagem escura e bico amarelo — Foto: Luciano Lima/ TG
Ainda na paleta de cores, destaca-se o sabiá-bicolor que, como o nome adianta, apresenta cores da plumagem que se contrastam ao branco da barriga, crisso e coberteiras sub-caudais.
Presente em grande parte da Amazônia, a espécie é discreta e pode ser confundida com o sabiá-da-mata, que se diferencia pelo tamanho, já que esse último é um pouco maior, possui cor marrom uniforme, barriga branca no centro, garganta estriada e bico escuro.
Diferente dos sabiás “coloridos”, o nome popular do sabiá-da-mata faz referência ao costume dele viver no interior e nas bordas de florestas pantanosas e de várzea. Raramente observado, ocorre na Amazônia brasileira, Mato Grosso, Goiás e de Pernambuco ao Rio de Janeiro. Encontrada também na Colômbia, Venezuela e Guianas, a ave é detectada pela vocalização.
Sabiá-do-campo tem o hábito de caminhar no chão — Foto: Ananda Porto/TG
PARECE, MAS NÃO É
Se engana quem inclui o sabiá-cica e o sabiá-do-campo na lista dos 19 sabiás brasileiros. Isso porque, apesar do nome, as espécies não fazem parte da família. O “batismo” se deve à vocalização das aves, muito parecida com a dos sabiás.
Legítimo performance, o sabiá-do-campo chega a repetir a vocalização de até seis espécies, além do próprio canto.
Apesar da aparência a espécie recebe o nome de sabiá-cica pois canta como um sabiá — Foto: Andréa Faria Santos/VC no TG
Do tupi, que significa “mãe do sabiá”, o nome sabiá-cica faz jus ao canto similar ao do sabiá-laranjeira, sabiá-coleira, sabiá-da-mata e sabiá-preto. A ave é um psitacídeo e pertence à família das araras, periquitos, tiribas e papagaios.
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