sábado, 13 de julho de 2024

UM DOS CÃES MAIS INTELIGENTES DA HISTÓRIA!

 










Os donos desses casacos são os frequentadores daquela que é a mais exclusiva reunião de cães no mundo, a qual ocorre todos os anos na véspera da exposição canina do Westminster Kennel Club. No dia seguinte, os melhores cães do país, abrangendo 173 raças, vão disputar um momento de glória no outro lado da rua, no ginásio Madison Square Garden. Hoje, porém, a função lembra mais uma recepção a convidados de quatro patas, enquanto seus donos fazem fila para se inscrever naquele que é o alojamento oficial da competição. Em um carrinho de bagagens, um basset hound fita com olhar desanimado um terrier hiperativo. Diante da lojinha de lembranças, um mastim tibetano, com patas tão grandes quanto mãos humanas, esfrega seu focinho no de um pug, que funga sem parar.


A diversidade explícita no saguão do hotel – uma vertiginosa gama de dimensões corporais, formatos de orelha, comprimentos de focinho, hábitos de latir – é o que faz os amantes de cachorros serem fanáticos. Por motivos tanto práticos quanto fantasiosos, o melhor amigo do homem foi sendo aperfeiçoado a ponto de se tornar o animal mais diversificado do planeta – uma realização assombrosa, pois a maioria das 350 ou 400 raças hoje existentes surgiu apenas há um par de séculos. O que os criadores fizeram foi acelerar o ritmo normal da evolução, mesclando características caninas disparatadas e acentuando- as ao privilegiar os filhotes que apresentavam de modo mais marcante os atributos buscados. Por exemplo: a fim de obter um cão bem adaptado a encurralar texugos, considera-se que os caçadores alemães nos séculos 18 e 19 tenham realizado algum tipo de cruzamento entre cachorros de caça – o basset hound, nativo da França, sendo o mais provável – e de toca, como os terriers, criando uma variação sobre o tema do cão com pernas curtas, corpo roliço e capacidade de ir atrás das presas mesmo dentro de suas tocas. Assim surgiu o dachshund, ou “caçador de texugo” em alemão. A pele frouxa e flexível servia como mecanismo de defesa, permitindo que o cão suportasse mordidas de dentes afiados. .

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