sábado, 4 de janeiro de 2025

QUE NÃO SE PERCA A ESPERANÇA

 


Parque Keunkenhof - Amsterdã


                      - Taís Luso de Carvalho


        Sem dúvida alguma, nossos sentimentos se diferenciam muito nas festas de Final de Ano. Não vejo sentimento igual em outras datas. No Natal a reciprocidade dos nossos votos de felicidade e de solidariedade é muito expressiva. Os corações ficam tomados por afetos e delicadeza. Há uma magia diferente em torno dessas duas datas de final de ano. Uma avalanche de coisas boas que desejamos aos amigos, e com absoluta sinceridade.

Lembro de outras datas, como a Páscoa e o Carnaval, datas também  importantes. No Carnaval nos desnudamos e nos vestimos de alegria: de reis, rainhas, palhaços e muito samba no pé! Na verdade o que muitos buscam é esquecer um pouco das tristezas e carências existentes em vários seguimentos de nossa sociedade, para viverem alguns dias de felicidade. E assim somos nós, seres humanos muito complexos, por vezes sentimentais e humanos, outras vezes apáticos, indiferentes.

Não gosto muito da passagem do Ano Novo, sei que é apenas um momento de ilusão, dias depois tudo seguirá seu curso, como tem sido. As bombas e mísseis continuarão a cortar os céus desse sofrido planeta, escasso de paz, de amor e de perdão.

Difícil pensar assim após a beleza do Natal, onde nossos corações se enchem de emoção com as belas imagens do Menino Jesus e a canção de Natal!

Gostaria de acreditar na evolução da nossa espécie. Somos mais de 8 bilhões de humanos rogando por um milagre. Merecemos sair do eterno “faz de conta”.

Lembro do nosso grande Ariano Suassuna quando disse:

“Não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas amargos. Sou um realista esperançoso!”


 

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