sábado, 12 de outubro de 2013

O PARANÁ TEM O 2º MAIOR SALDO DE EMPREGOS FORMAIS DO PAÍS



O setor de serviços foi o segundo com maior crescimento de vagas formais no Estado
O Paraná ficou atrás apenas de São Paulo na variação absoluta de empregos de 2011 para 2012. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) referentes ao ano passado, divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Estado alcançou 3,034 milhões de empregos formais naquele período, com incremento de 113,4 mil postos de trabalho. 

São Paulo ficou em primeiro lugar, com variação de 370,8 mil empregos de 2011 a 2012. No Paraná, o número de empregos formais em dezembro do ano passado cresceu 3,88% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O índice está acima da média nacional, de 2,48%. 

Os setores que apresentam maior número absoluto de postos de trabalho no período foram a administração pública, o setor de serviços e o comércio, nesta ordem. A maior variação de emprego formal segundo o grau de instrução ocorreu para os postos de ensino superior completo, com índice de 12,39%. Os estabelecimentos com 1.000 ou mais vínculos ativos apresentaram maior aumento de estoque de empregos (8,66%). 

O rendimento real médio do trabalhador cresceu 3,38% em relação a dezembro de 2011, também acima da média nacional, que teve elevação de 2,97%. O destaque ficou para trabalhadores de ensino fundamental completo, que tiveram suas remunerações acrescidas em 4,50%. 

A indústria de material elétrico e de comunicações, em dezembro de 2012, teve a maior variação na remuneração média, que passou de R$ 1.959,57 em 2011 para R$ 2.118,55 em 2012 (8,11%). Estabelecimentos com 5 a 9 vínculos ativos ofereceram maior incremento na remuneração, que passou de R$ 1.226,31 para R$ 1.306,81 (6,56%). 

Homens tiveram crescimento de 3,36% em suas remunerações, e mulheres 4,07%, na contramão do resultado nacional. Em todo o Brasil, a remuneração dos homens foi maior (3,35%) que o das mulheres (2,62%). 

Para o economista Fabiano Camargo da Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Paraná, os resultados mostram um crescimento na formalização do emprego. "Historicamente, no final dos anos 90, houve uma eliminação expressiva de empregos, o que elevou a informalidade no início dos anos 2000. Nos últimos anos, temos visto a recuperação do trabalho formal." Na opinião dele, isso traz reflexos positivos não só ao mercado de trabalho, mas também à economia brasileira como um todo. 

Com a elevação maior do emprego formal para os postos de ensino superior completo, também é possível notar uma maior qualificação da mão de obra no Paraná, acrescenta o economista. Porém, em termos absolutos, a participação de postos de grau de instrução mais baixa, assim como os de remuneração mais baixa, ainda é mais expressiva, avalia Silva. 

Em relação a gêneros, mesmo que a remuneração feminina tenha crescido mais que a masculina, o salário para as mulheres continua sendo mais baixo, de R$ 1.710, contra R$ 2.108 para os homens. "Apesar dos avanços, a participação das mulheres no mercado de trabalho no Paraná é de 44%, sendo que a população de mulheres é maior que a dos homens." 

Londrina
Na visão da secretária municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Kátia Marcos Gomes, Londrina vem acompanhando o bom resultado estadual, mesmo estando em 3º lugar no Paraná, atrás de Curitiba e Maringá. Por outro lado, na opinião dela, este resultado poderia ter sido melhor, se a cidade não tivesse passado por um momento difícil em 2012, devido à cassação do ex-prefeito Barbosa Neto. O fato gerou uma paralisia na Prefeitura, atrapalhando a atração de novos empreendimentos. 

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