segunda-feira, 4 de novembro de 2013

DESLIGUE A TELEVISÃO E VIVA MAIS COM SUA FAMÍLIA.


Ninguém está dizendo aqui para você nunca mais assistir à televisão. Mas que você poderia diminuir o tempo em frente ao aparelho, isso você poderia. Até porque televisão em excesso não faz bem. Telespectadores inveterados podem ter suas funções cognitivas alteradas, problemas de postura e articulações, além de tornar-se dependentes da telinha: essa é a conclusão de um amplo estudo realizado em 2003 nos EUA pelos pesquisadores Robert Kubey, diretor do Centro de Estudos de Mídia da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, e Mihaly Csikszentmihalyi, professor de psicologia da Universidade de Claremont, na Califórnia.
Sim, o hábito de se largar no sofá e assistir a qualquer porcaria que esteja no ar pode deixar as pessoas viciadas no relaxamento que a TV produz. O problema é que essa sensação gostosa vai embora assim que o aparelho é desligado – é igualzinho ao vício em substâncias químicas. O estado de passividade e a diminuição no grau de atenção, no entanto, continuam. Quando vista por mais de 20 horas por semana, a televisão pode danificar as funções do lado esquerdo do cérebro, reduzindo o desenvolvimento lógico-verbal.
Faça uma continha rápida: se você assistir à televisão por cerca de 3 horas por dia, quando chegar aos 75 anos, terá passado 9 anos inteiros da sua vida vendo TV. É tempo para chuchu sem exercitar a mente nem o corpo, o que pode acarretar sérios problemas, desde obesidade a até mesmo doenças degenerativas cerebrais, como demência e mal de Alzheimer.
O cérebro, assim como o corpo, também precisa ser exercitado. Só que ninguém se lembra dele nas academias de ginástica, por exemplo. A diminuição da capacidade mental associada à idade ocorre por causa de alterações nas ligações entre as células cerebrais. Há indícios de que manter o cérebro em atividade ajuda a aumentar as reservas de células e conexões cerebrais. “O que é bom para seu coração é bom para seu cérebro. Tudo aquilo que você fizer para prevenir doenças coronárias também vai ajudar sua cabeça e assim diminuir o risco de desenvolver mal de Alzheimer”, indica a Associação Alzheimer, órgão americano de ajuda e informação aos portadores da doença.
Segundo um estudo publicado na revista científica Nature, ratos e outros roedores estimulados com brinquedos e aparelhos para exercícios desenvolveram células novinhas em folha na região do cérebro envolvida com aprendizado e com a memória. Portanto, mande ver nas atividades físicas. Agora, é lógico, lembre-se de botar a cabeça para funcionar também. Ler, escrever, jogar jogos de tabuleiro, aprender coisas novas, fazer palavras cruzadas, resolver passatempos de lógica: todas essas atividades mantêm seu cérebro ativo e, quem sabe, criam reservas de células e conexões. Estudar sempre algo diferente pode ser um bom jeito de obrigar sua cabeça a pensar mais. Outra ideia que também contribui para romper a inércia cerebral é praticar atividades ao ar livre – no mínimo, elas vão arrancar você do sofá e da frente da televisão.

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