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Copa do Mundo que se disputará de 12 de junho a 13 de julho do ano que começa será a mais difícil da história para o Brasil. A previsão de dureza para aquele que o mundo inteiro vê como o “país do futebol” — por ser a única nação pentacampeã e também a única a ter comparecido a todas as edições do evento, desde que um torneio capenga com a presença de quatro escassas seleções europeias abriu a série em 1930, no Uruguai — não leva em conta apenas as chances esportivas da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari. Mesmo em uma Copa maiúscula, que contará com a presença de todas as equipes que já levantaram a taça, ninguém seria louco de subestimar o Brasil, muito menos jogando em casa. O prognóstico cauteloso se deve mais a fatores extracampo, que desta vez não poderemos nos dar ao luxo de relegar a segundo plano. Haja o que houver, seja quem for o campeão, existe desde já uma certeza: na Copa do Mundo do Brasil, o Brasil vai se encontrar com o Brasil — o país onde se joga o futebol mais vitorioso e festejado do mundo com o país que é pereba na infraestrutura, perna de pau na educação, consistente na desigualdade social e matador na corrupção. Nenhum dos dois é uma mentira, mas, naturalmente, estranham-se no espelho.
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