sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

QUE TRISTEZA, DEPOIS DE 53 ANOS NA EDUCAÇÃO, COLÉGIO SÃO PAULO É VENCIDO PELA CRISE E FECHA AS PORTAS!





Com 53 anos de história, Colégio São Paulo é vencido pela crise

Dificuldades financeiras e queda no número de matrículas forçam fechamento da instituição em Londrina
A história da educação em Londrina perde hoje um de seus grandes personagens. Sem condições de superar as dificuldades financeiras e a brutal queda no número de alunos, o Colégio São Paulo fecha suas portas, 53 anos após a fundação. A atual direção se viu incapaz de sustentar a grande estrutura e estuda agora o destino dos equipamentos e dos milhares de arquivos dos alunos que passaram pela instituição desde 1960.

Fundado pelos padres palotinos, o Colégio São Paulo passou por algumas diretorias e, em 2000, foi assumido por um grupo de 13 professores, dos quais restaram apenas Adriana Munhoz e Maria Leonor Palma, atual diretora. Leonor relata que a crise financeira da instituição se agravou nos últimos dois anos, puxada pela alta inadimplência e a queda no número de matrículas. "Esperamos até o final desta semana, na expectativa de aumentar a procura, mas isto não aconteceu e não temos como manter a escola. É com tristeza que damos essa notícia à sociedade londrinense", lamenta. 

O Colégio São Paulo tem hoje apenas 120 alunos, do 1° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio. A diretora diz ser inviável lidar com a concorrência de escolas novas e a migração de alunos para escolas públicas. Ela vê a opção pelo fechamento como a mais sensata para não comprometer a qualidade do ensino. "Mesmo com todas as dificuldades, sempre conseguimos manter a qualidade, estamos bastante tranquilos em relação a isso", defende. 

O grupo administrador diz, sem revelar valores, pagar um aluguel muito alto pelo prédio da escola, situado na Avenida Duque de Caxias, e estuda vender os equipamentos e móveis constantes na estrutura para saldar dívidas que se acumularam ao longo dos anos. Segundo a diretora, o ativo humano é a principal preocupação dela. "Temos 38 professores e funcionários e todos têm famílias, isso nos preocupa. Mas estou certa que são profissionais capazes de se recolocar facilmente no mercado", avalia Leonor. As atividades do Colégio São Paulo encerram oficialmente hoje, com a Cantata de Natal, às 18h30. 

Caso isolado
O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe) em Londrina lamenta o fechamento do Colégio São Paulo por se tratar de uma instituição tradicional na cidade, no entanto, não vê sinal de alerta para o setor, que tem crescido anualmente, ainda que a taxas modestas. "É uma situação isolada, que nos chateia por se tratar de uma escola que faz parte da história de Londrina. O mercado está realmente exigente e os grupos devem avaliar se é interesse permanecer", declara o presidente do Sinepe, Alderi Ferraresi. Segundo ele, Londrina tem hoje cerca de 140 instituições particulares de ensino, em sua maioria de pequeno porte, e a concorrência tem exigido readequações das diretorias. "Nós estamos nos reunindo com as escolas e chamando a atenção para o profissionalismo que se exige hoje. Estamos começando a ter concorrência de multinacionais na área da educação e os pais também estão mais exigentes", afirma. 

As escolas particulares concentram cerca de 17% do número de alunos na região e o crescimento anual de matrículas tem ficado entre 2% e 3%. Já o faturamento do setor deve atingir este ano índice próximo à inflação, projetada para fechar 2013 pouco abaixo dos 6%.

Cecília França
Reportagem local

Um comentário:

  1. Olá eu preciso do historico escolar dessa escola, sabe como eu consigo

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