Em quase todo fim de ano a história se repete no transporte coletivo londrinense. Prefeitura, empresários e empregados se debatem diante da expectativa de aumento na tarifa de ônibus. A prefeitura pretende acabar com o subsídio de R$ 0,10, herança do governo Barbosa Neto. As empresas apresentam as planilhas de custos para justificar o aumento. E os trabalhadores lutam por reposição salarial.
As rodadas de discussões são tensas, as partes relutam nas negociações. O embate é travado nesta época porque a passagem deve subir no dia 1º de janeiro, levando-se em conta a época de festas e férias, com diminuição significativa no uso do transporte coletivo. Diante da ameaça de greve, os ânimos se exaltam.
Pouco se ouve falar, porém, a favor do principal personagem do impasse: o usuário. A prefeitura quer economizar, as empresas querem compensar os gastos, os trabalhadores buscam reposição. Ações que recaem no bolso de quem não frequenta a mesa de negociações. A ele cabe o ônus da conta, embora o serviço prestado esteja distante do satisfatório.
O usuário, que pega o ônibus em um ponto longe de casa, que enfrenta em pé e apertado o trânsito intenso dos horários de pico, vê a passagem subir sem a contrapartida dos benefícios. Simplesmente porque a melhoria do transporte público não está em pauta.
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