terça-feira, 25 de março de 2014

APÓS O PERÍODO DA LICENÇA MATERNIDADE A DIFÍCIL VOLTA AO TRABALHO!



Por
 Gabriela Varella, filha de Clélia e Eugênio
.25.03.2014
.
Na hora de voltar ao trabalho, o coração aperta. Mesmo mulheres bastante envolvidas 
na sua carreira em uma empresa, podem ficar divididas em buscar novos caminhos
 profissionais que deem maior flexibilidade para estar mais perto do bebê. Em
 pesquisa realizada pela consultoria Robert Half com diretores de Recursos 
Humanos de empresas no Brasil indicou que, em 85% das empresas,
 só metade das funcionárias retornam à vida profissional após o
 período da licença-materidade. O número é bem parecido
 com a média global, que fica em 52%.
O primeiro passo na hora de decidir é ir a fundo nos seus sentimentos. 
Segundo a psicóloga Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila
 e Francisco, é importante se perguntar qual o lugar que o trabalho ocupa
 na sua vida. “É realização pessoal, manter o orçamento da casa ou se
 enquadrar em uma suposta regra da sociedade?”, questiona a
 psicóloga. Entender se o ponto é querer trabalhar ou precisar 
do orçamento é também fundamental para tomar uma decisão realista.
Se optar pelo retorno à empresa, a coach Karina Oliveira, filha 
de Zélio e Terezinha, diz que é importante se alinhar com 
sua chefia. “A mulher é a principal responsável por dar condições 
para seu retorno e reintegração”, explica. Uma opção viável 
seria tentar, por um período, uma experiência de flexibilização 
de horário ou trabalho remoto, que ainda são pouco frequentes
 no Brasil. Aqui, apenas 31% dos diretores dizeram que essas 
ações são possíveis, distante da média global de 68%.
Por conta dos desafios do retorno das mães recentes ao trabalho,
algumas empresas estão investindo em programas de coaching para reintegrar. 
“É um ganho sistêmico para todo mundo. A empresa reduz a possibilidade de
 perder uma funcionária com boa performance, a mulher se sente valorizada
 e o gestor aprende a maneira com a qual deve lidar com ela”, conta Karina Oliveira.
E não precisa ser definitivo: a mulher pode testar como é combinar a maternidade 
com as atuais atribuições. “Nada é irreversível. Mesmo que isso signifique rever
 seus projetos e expectativas anteriores. O filho deve ter uma mãe feliz, seja em casa
 ou trabalhando. A decisão é muito pessoal”, aponta Betty.

você não consegue nem imaginar ficar em casa o dia todo, o jeito é organizar a
 vida para que seu filho esteja bem cuidado no período do seu expediente.
 “É saudável que a mulher tenha um vínculo com alguma coisa além do filho. 
Se não for um emprego,  pode ser uma atividade, profissional ou não, como pintar,
 desenhar ou ir à academia”, diz a psicóloga. Fundamental é não colocar a culpa
nos filhos por não voltar a trabalhar. “Um filho não impede ninguém de progredir,
 ter sucesso e ser uma pessoa realizada”, finaliza Betty Monteiro

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