Por Gabriela Varella, filha de Clélia e Eugênio
.25.03.2014
.
Na hora de voltar ao trabalho, o coração aperta. Mesmo
mulheres bastante envolvidas
na sua carreira em uma empresa, podem ficar
divididas em buscar novos caminhos
profissionais que deem maior flexibilidade
para estar mais perto do bebê. Em
pesquisa realizada pela consultoria Robert
Half com diretores de Recursos
Humanos de empresas no Brasil indicou que, em
85% das empresas,
só metade das funcionárias retornam à vida profissional após
o
período da licença-materidade. O número é bem parecido
com a média global,
que fica em 52%.
O primeiro passo na hora de decidir é ir a fundo nos
seus sentimentos.
Segundo a psicóloga Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel,
Tarsila
e Francisco, é importante se perguntar qual o lugar que o trabalho
ocupa
na sua vida. “É realização pessoal, manter o orçamento da casa ou se
enquadrar em uma suposta regra da sociedade?”, questiona a
psicóloga. Entender
se o ponto é querer trabalhar ou precisar
do orçamento é também fundamental
para tomar uma decisão realista.
Se optar pelo retorno à empresa, a coach Karina
Oliveira, filha
de Zélio e Terezinha, diz que é importante se alinhar com
sua
chefia. “A mulher é a principal responsável por dar condições
para seu retorno
e reintegração”, explica. Uma opção viável
seria tentar, por um período, uma
experiência de flexibilização
de horário ou trabalho remoto, que ainda são
pouco frequentes
no Brasil. Aqui, apenas 31% dos diretores dizeram que essas
ações são possíveis, distante da média global de 68%.
Por conta dos desafios do retorno das mães recentes ao
trabalho,
algumas empresas estão investindo em programas de coaching para
reintegrar.
“É um ganho sistêmico para todo mundo. A empresa reduz a
possibilidade de
perder uma funcionária com boa performance, a mulher se sente
valorizada
e o gestor aprende a maneira com a qual deve lidar com ela”, conta
Karina Oliveira.
E não precisa ser definitivo: a mulher pode testar como
é combinar a maternidade
com as atuais atribuições. “Nada é irreversível. Mesmo
que isso signifique rever
seus projetos e expectativas anteriores. O filho deve
ter uma mãe feliz, seja em casa
ou trabalhando. A decisão é muito pessoal”,
aponta Betty.
você não consegue nem imaginar
ficar em casa o dia todo, o jeito é organizar a
vida para que seu filho esteja
bem cuidado no período do seu expediente.
“É saudável que a mulher tenha um
vínculo com alguma coisa além do filho.
Se não for um emprego, pode ser
uma atividade, profissional ou não, como pintar,
desenhar ou ir à academia”,
diz a psicóloga. Fundamental é não colocar a culpa
nos filhos por não voltar a
trabalhar. “Um filho não impede ninguém de progredir,
ter sucesso e ser uma
pessoa realizada”, finaliza Betty Monteiro
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