BANDEIRINHA, MAÍRA AMERICANO, FOI CHAMADA DE GOSTOSA POR TREINADOR DO JUVENTUS

Repercussão nacional23/04/2014 | 18h43

Maíra também falou sobre a profissão de auxiliar de arbitragem durante a entrevistaFoto: TV Globo / Reprodução

A auxiliar de arbitragem Maíra Americano Labes, de Santa Catarina, participou doPrograma do Jô desta terça-feira. Natural de Itajaí, ela foi notícia nacional nas últimas semanas após ter sido chamada de "gostosa" pelo técnico do Juventus, Celso Teixeira, no jogo contra a Chapecoense, pelo campeonato estadual.

No jogo do último dia 5, Teixeira foi expulso aos 16 minutos do segundo tempo. Antes de sair de campo, dirigiu-se à bandeirinha e soltou as palavras que foram relatadas na súmula da partida.

—Vou sair, sua gostosa.

Na entrevista ao apresentador Jô Soares, a bandeirinha afirmou que o treinador queria agredir a arbitragem de alguma forma após ser expulso e o termo "gostosa" teria sido uma agressão verbal.

Segundo Maíra, o respeito no futebol precisa partir de dentro do campo, onde os profissionais estão apenas para trabalhar. Ela ressaltou que as mulheres que atuam como bandeirinhas querem ser valorizadas pelo lado profissional e admitiu que os "elogios" são comuns durante as partidas, tanto por parte de torcedores, quanto de jogadores.

—Uma vez marquei o lateral e o jogador veio reivindicar. Ele chegou perto de mim e falou: "não dá para te xingar". Virou as costas e foi embora—, contou.

Namorada de um auxiliar de arbitragem que também atua em Santa Catarina, Maíra garantiu que não há ciúmes na relação. Segundo ela, por também trabalhar com futebol, o namorado entende e sabe da seriedade que existe dentro de campo. 

—Ele sabe que isso nunca vai deixar de existir. A mulher é uma atração a mais no meio de tantos homens.

Técnico desmentiu que chamou a bandeirinha de "gostosa"

Na semana seguinte ao caso ocorrido no estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul, otreinador Celso Teixeira desmentiu as informações em entrevista ao "AN Jaraguá", afirmando que não se dirigiu à árbitra como "gostosa".

—É mentira e ela sabe. Se eu tivesse dito, porque ela não teria falado na hora? E os policiais militares que estavam ali não teriam feito algo? Estava trabalhando, gritando, mas com meu time. Faço reclamações, mas não entrei no futebol ontem, sei o que se pode ou não falar. E ela escutou coisas muito piores ao longo do jogo, dos torcedores—, contou.

A bandeirinha Maíra Americano Labes amenizou as críticas feitas ao técnico.

—Foi só um xingamento, como ocorre sempre no futebol. Como era um perfil feminino que estava ali, acabou saindo esse xingamento. Foi apenas isso—, afirmou.