Ele é Advogado e cientista social, Gabriel Bernardo da Silva fala de sua missão no Sri Lanka; para ele, experiência possibilita "grande encontro" com limitações e potencialidades
Há mas há dez anos residindo em Londrina, o advogado e cientista social Gabriel Bernardo da Silva sempre teve o sonho de transformar o mundo. Há dois meses, ele viajou, por meio do Voluntariado Internacional do Instituto Marista, para o Sri Lanka. "Sou parte da missão Marista no mundo, que é ser presença e fazer a diferença em territórios de vulnerabilidade social por meio da educação."
Até setembro no Sri Lanka, Gabriel, que é especialista em Direito Econômico Internacional, ensina inglês a crianças e jovens do país asiático assolado por mais de duas décadas de guerra civil e devastado pelo tsunami que deixou, como saldo, há dez anos, 50 mil mortos e prejuízos superiores a 1,5 bilhão de dólares. "Meu trabalho consiste em criar oportunidades para que essas crianças e adolescentes possam sonhar com um futuro diferente", revela.
Como surgiu a oportunidade de ir trabalhar no Sri Lanka?
Faço parte de um novo programa de voluntariado do Grupo Marista, mas antes de mim outras pessoas já vivenciaram a experiência voluntária em outros países. Tudo começou quando me mudei para Londrina, há dez anos. Desde aquela época, participei das atividades de voluntariado solidário promovidas pelo núcleo de pastoral do colégio. A partir dessas experiências, me senti "chamado" a vivenciar uma nova entrega em voluntariado.
E qual sua missão?
Eu trabalho em uma casa/escola junto com os Irmãos Maristas, em uma cidade chamada Kalpitiya, no noroeste do Sri Lanka, e nosso trabalho aqui é dar aulas de inglês para as crianças da comunidade e ser presença significativa e transformadora em suas vidas. Todo o Ensino Fundamental, por aqui, vai até os 16 anos, e é em cingalês ou em tâmil. Para ir ao Ensino Médio, o aluno tem de fazer uma prova, como um vestibular. Se aprovado, tem a chance de ir para o Ensino Médio, dando continuidade aos seus estudos. Ocorre que esse vestibular é em inglês. Onde estamos, as aulas do idioma são muito deficitárias e, caso não aprovadas nesse exame, as crianças aqui não têm o que fazer a não ser virarem pescadoras ou cultivarem cocos, como os pais fazem. Kalpitiya é uma vila bem pequena e a economia dessa pequena cidade gira em torno disso.
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