Psicólogos: a cura pela palavra
Nunca tanta gente consultou um psicólogo para falar de sua vida no divã. Mas será que vale a pena gastar tempo e dinheiro contando nossa intimidade a alguém que mal conhecemos?
por Texto Denize Guedes
Às vezes nos sentimos como se o mundo fosse desabar sobre nossas cabeças. É aquela crise existencial. De repente, por causa de uma discussão ou por qualquer motivo, a tristeza bate forte. Por algum motivo os dois apaixonados sentem que não tem mais nada em comum. Seria motivo para procurar um analista e ingressar num grupo de reflexão de homens com o mesmo problema.
História narrada em sessão de terapia: No ano passado, a bancária Tatiana não queria mais viver. No fundo de uma depressão, não se interessava por nada nem ninguém. Raramente saía: passava os dias na cama, dormindo ou assistindo filmes. Foi quando decidiu bater à porta de um psiquiatra. Saiu de lá com uma receita de antidepressivos e um encaminhamento à psicoterapia. Durante 6 meses, passou por dois terapeutas de abordagens diferentes, até o convênio médico cortar o benefício. Insistiu por dois meses, pagando as sessões do próprio bolso, mas resolveu abandonar o tratamento por achá-lo inútil. “Procuro o autoconhecimento há muito tempo, mas realmente não sei se um terapeuta tem algo a me acrescentar”, diz Tatiana, que preferiu seguir com os remédios e se dedicar a práticas como meditação.
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