"Não gosto que digam que tenho o ‘dom da palavra’. Tudo é resultado de muito estudo e esforço", diz Mario Sergio Cortella
O pé-vermelho Mario Sergio Cortella, 60 anos, quase virou monge, mas hoje corre o Brasil proferindo palestras motivacionais sobre temas diversos. E considera como fundamentais os três anos de clausura durante a juventude: além de uma profunda experiência religiosa e multicultural, a disciplina e o apreço pelo método ainda contribuem de forma profunda para o equilíbrio do seu estilo de vida sempre em movimento, lembrando que na sua opinião "tempo é questão de prioridade" e que "pressa" não tem nada a ver com "velocidade". "Quero velocidade para ser atendido no restaurante, mas não quero comer apressadamente. Quero velocidade para encontrar quem eu amo, mas não quero pressa na convivência", exemplifica.
Autor de 21 livros (normalmente grafados com ponto de exclamação "para reforçar a mensagem a ser transmitida") e professor da PUC e da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, Cortella faz questão de ressaltar as suas raízes ("não âncoras") em Londrina: "Quando temos âncoras não conseguimos nos movimentar, evoluir", alerta. Ele ainda mantém um programa de rádio diário na CBN, participa da programação da GloboNews e da TV Cultura. Para dar conta da sua rotina, acorda antes das cinco da manhã e faz caminhada todos os dias.
E o carinho por Londrina é tão grande que já avisou sua família: quando morrer quer ser cremado e que suas cinzas sejam jogadas no pé de café que ele mesmo plantou em uma praça próxima à sua casa, no bairro Higienópolis, em São Paulo. "É uma singela homenagem", admite o provocador filosófico, que recentemente proferiu palestra em evento comemorativo aos 65 anos da Folha de Londrina.
Ainda criança, quando recuperando-se de uma hepatite ficou acamado por três meses: "Lia de tudo, jornais, gibis, literatura infantil, até que chegou uma hora em que não tinha mais o que ler e a vizinhança começou a me trazer livros de 'gente grande', como Dostoiévski e Cervantes, que ainda não compreendia direito mas que, de certa forma, foram contribuindo para a minha formação intelectual".
Dono de um sorriso largo e cativante, que acaba por esconder seus olhos claros e vívidos, Cortella admite que se irrita quando dizem que ele tem o "dom da palavra": "Que dom, nada! Tudo é resultado de muito estudo e esforço", resume o filósofo, escritor e palestrante, que aprendeu com Paulo Freire (seu orientador no doutorado) a não ter falsa modéstia e defende que a "vida é curta demais para ser pequena".
Autor de 21 livros (normalmente grafados com ponto de exclamação "para reforçar a mensagem a ser transmitida") e professor da PUC e da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, Cortella faz questão de ressaltar as suas raízes ("não âncoras") em Londrina: "Quando temos âncoras não conseguimos nos movimentar, evoluir", alerta. Ele ainda mantém um programa de rádio diário na CBN, participa da programação da GloboNews e da TV Cultura. Para dar conta da sua rotina, acorda antes das cinco da manhã e faz caminhada todos os dias.
E o carinho por Londrina é tão grande que já avisou sua família: quando morrer quer ser cremado e que suas cinzas sejam jogadas no pé de café que ele mesmo plantou em uma praça próxima à sua casa, no bairro Higienópolis, em São Paulo. "É uma singela homenagem", admite o provocador filosófico, que recentemente proferiu palestra em evento comemorativo aos 65 anos da Folha de Londrina.
Ainda criança, quando recuperando-se de uma hepatite ficou acamado por três meses: "Lia de tudo, jornais, gibis, literatura infantil, até que chegou uma hora em que não tinha mais o que ler e a vizinhança começou a me trazer livros de 'gente grande', como Dostoiévski e Cervantes, que ainda não compreendia direito mas que, de certa forma, foram contribuindo para a minha formação intelectual".
Dono de um sorriso largo e cativante, que acaba por esconder seus olhos claros e vívidos, Cortella admite que se irrita quando dizem que ele tem o "dom da palavra": "Que dom, nada! Tudo é resultado de muito estudo e esforço", resume o filósofo, escritor e palestrante, que aprendeu com Paulo Freire (seu orientador no doutorado) a não ter falsa modéstia e defende que a "vida é curta demais para ser pequena".
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