Pais devem ler para estimular aquisição da linguagem e habilidades de
comunicação, segundo Associação Americana de Pediatria (Foto: B.
Boissonnet/BSIP)
A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomendou, nesta terça-feira
(24), que os pais leiam para seus filhos do nascimento até pelo menos os
três anos para estimular a aquisição da linguagem e outras capacidades
comunicativas.
"Ler histórias com regularidade para crianças pequenas desde o seu
nascimento estimula de forma ótima seu cérebro e reforça a relação com
os pais em um momento crucial de seu desenvolvimento. Em contrapartida,
as crianças desenvolvem a linguagem, o aprendizado da leitura e adquirem
capacidades sócio-emocionais para o resto de suas vidas", explicou a
AAP.
Esta recomendação se apoia no fato cada vez mais reconhecido pelos
neurologistas de que uma parte importante do desenvolvimento do cérebro
se dá nos primeiros três anos de vida.
A AAP recomenda aos pediatras que, durante suas consultas, promovam com
os pais esta aproximação à leitura para recém-nascidos até os três anos
de idade, quando as crianças entram no ciclo pré-escolar.
A academia destacou que uma criança em cada três nos Estados Unidos
chega à pré-escola sem os conhecimentos necessários para aprender a ler.
A academia de psiquiatria lembrou que, a cada ano, 75% das crianças e
80% dos que vivem abaixo do limite da pobreza nos Estados Unidos não
atingem um nível de leitura suficiente no quinto ano do ensino
fundamental, ou seja, aos oito ou nove anos de idade.
A APP pede a "seus membros que incentivem todos os pais a ler em voz
alta textos para seus filhos pequenos, o que pode reforçar a relação
entre ambos e prepará-los para adquirir linguagem e as primeiras bases
da alfabetização".
Embora alguns pais com nível superior leiam poesia e façam os filhos
ouvir Mozart desde que estão na barriga da mãe, estudos mostram que
muitos outros não leem histórias para os filhos com a frequência
recomendada pelos cientistas.
Esta é a primeira vez que a AAP publica este tipo de recomendações, com
as quais incentiva os pediatras a dar, além de conselhos, livros
infantis para famílias carente
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