O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, espera que as pesquisas de intenção de voto a serem divulgadas na semana que vem apontem uma recuperação de sua candidatura, atualmente em uma distante terceira posição na preferência do eleitorado.
Em sabatina à RedeTV e ao portal iG na sexta-feira (12), o tucano também defendeu uma reforma política que acabe com a "farra" da criação de partidos e alfinetou a candidata do PSB, Marina Silva, por buscar a criação de mais uma legenda, a Rede Sustentabilidade.
— Eu tenho um projeto para o Brasil e é esse projeto que estará no segundo turno. Não tenha dúvida de que essa movimentação já começa a acontecer e na semana que vem eu espero que as pesquisas já comecem a sinalizar nessa direção.
O candidato também afirmou que atualmente 32 legendas estão disputando as eleições, outras quatro estão com pedido de registro junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e mais 22, de acordo com ele, estão "a caminho".
— A candidata Marina, ao contrário, quer criar um para ela, inclusive. Quer criar o seu, e não fala em diminuir o número de partidos.
Aécio voltou a criticar o governo Dilma pelas denúncias de corrupção na Petrobras e reiterou que, se for derrotado nas urnas, o PSDB estará na oposição ao próximo governo, seja ele qual for.
— Nós temos duas alternativas. Ou ganhamos as eleições e vamos governar o Brasil, e é a alternativa que eu prefiro e vou lutar por ela, ou perderemos as eleições — se essa for a decisão dos brasileiros e espero que não seja-- e vamos para a oposição. Quem decide o papel do partido político é o povo... Se nós perdermos as eleições, vamos para a oposição a quem ganhar.
Marina tem dito que, se eleita, governará com "os bons" de cada partido, citando, inclusive, nomes do PT e do PSDB, como o do ex-governador de São Paulo José Serra.
Fim das desonerações
Na sabatina, Aécio garantiu ainda que se vencer as eleições acabará com as "desonerações pontuais" feitas pelo governo Dilma, segundo ele, para atender "aos amigos do rei".
— Como estão sendo feitas (as desonerações), sim (serão cortadas). Até porque não trouxeram resultado algum na busca pela retomada do crescimento", afirmou o tucano, acrescentando que quer "juro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o conjunto da economia.
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