quarta-feira, 1 de outubro de 2014

BLOG RURAL : BRASIL E EUA ENCERRAM DISPUTA SOBRE SUBSÍDIOS DADOS AO ALGODÃO!




Campo de algodão nos EUA (AP)


Os ministros brasileiros da Agricultura, Neri Geller, e de Relações
 Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, estão em Washington 
para assinar o memorando com o representante de 
Comércio dos Estados Unidos, Michael Froman.
Pelo acordo, os Estados Unidos pagarão cerca de US$ 300
 milhões (R$ 735 milhões) ao Brasil para que o país 
não recorra a um novo painel na Organização 
Mundial do Comércio (OMC) até 2018,
 enquanto está em vigor a nova lei
 agrícola americana, a Farm Bill.
O dinheiro seria uma compensação aos 
produtores brasileiros afetados pela
 nova legislação americana,
 promulgada 
no início do ano.
"O acordo de hoje encerra uma questão que colocava 
centenas de milhões de dólares em exportações 
americanas em risco", disse Froman.
"É um significativo progresso em nossa
 relação econômica bilateral."

Disputa

A disputa envolvendo a produção de 
algodão foi levada à OMC em 2002 pelo
 governo brasileiro, que acusava o governo
 americano de adotar práticas que favoreciam
 seus produtores.
A OMC determinou que os subsídios eram ilegais e,
 em 2009, autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos 
em US$ 829 milhões por ano, o que pode ser feito elevando
 tarifas comerciais de produtos advindos do país.
Para evitar a retaliação, os Estados Unidos se 
comprometeram a pagar US$ 147,4 milhões
 por ano aos produtores brasileiros, como 
compensação pelos subsídios pagos aos
 cotonicultores americanos.
Em 2010, foi fundado o Instituto Brasileiro 
do Algodão (IBA), para gerir esses recursos
 e promover o fortalecimento da produção no Brasil.
Em outubro do ano passado, porém, os Estados
 Unidos interromperam o pagamento.
Desde então, os dois países vinham buscando uma 
solução que evitasse que o plano de retaliação
 brasileira fosse colocado em prática.
A Câmara de Comércio pretendia elevar em até 
100% o imposto de importação de uma lista
 de mais de cem produtos americanos.
O governo também analisava quebrar patentes
 de medicamentos, sementes, defensivos
 agrícolas e até mesmo obras artísticas,
 como livros, músicas e filmes.
O novo acordo firmado nesta quarta-feira 
não só evita as penalizações como também 
novas regras para que o IBA possa usar os 
recursos repassados.

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