- Marcelo Frazão, Com Informações Da Rádio Paiquerê
- 01/11/2014 22:05
O Tubarão foi eliminado da final da série D na noite deste
sábado (1), no Estádio do Café, em uma partida em que o futebol perdeu de goleada para a
violência dentro do campo.
A arbitragem perdeu o controle da
partida e o jogo acabou com três
integrantes do Brasil de Pelotas (RS) detidos por agressões a
jogadores do LEC e profissionais de imprensa. Um cinegrafista da RBS também foi agredido. A partida terminou em 2
a 2.
Dois funcionários do Tubarão - Índio e Chimbica – tiveram que
ser atendidos por paramédicos após serem atacados. De acordo com informações da
Rádio Paiquerê, estariam envolvidos na confusão: o técnico do Brasil de
Pelotas, Rogério Zimmerman, o massagista e o goleiro do time, Eduardo Martini.
Chimbica chegou a ficar desmaiado e sofreu um grande
corte na boca. Índio levou um soco no rosto e também teve um hematoma grave. Na
confusão generalizada, a partida ficou 25 minutos interrompida.
Jogo tenso
Com as expulsões, o LEC ficou com 10
jogadores e o Brasil de Pelotas, 9. O LEC tinha que reverter a derrota sofrida
por 3 a 1 e aos 15 segundos tentou surpreender o adversário correndo para o gol
– mas não deu certo.
Aos 13 minutos do primeiro tempo, o
Tubarão quase fez com Paulinho, que mandou raspando na trave. Aos 36 minutos,
Bruno Batata cabeceou triscando no gol do Brasil de Pelotas.
No finzinho do primeiro tempo, o
atacante Nena, do Brasil de
Pelotas, contra-atacou quando conseguiu interceptar uma péssima saída de bola
de David Ceará. Marcou sem chance para
o goleiro Vítor.
No 2º tempo, logo no começo, Sílvio
tentou um chapéu em Nena mas
o Brasil de Pelotas, com Alex Amado, recuperou a bola e o próprio Nena mandou
para a rede.
Aos 20 minutos, Diogo Roque aproveita
uma confusão e marca para o LEC. Quatro minutos depois, o Tubarão fez mais um:
desta vez, com Sílvio, empatando o
jogo que parecia perdido.
Confusão generalizada
Perto dos 30 minutos, o goleiro do
Brasil de Pelotas, o zagueiro Fernando Cardozo e o técnico Ricardo
Zimmermann começaram uma confusão
generalizada, com uma sequência de agressões que acabaram com Chimbica,
funcionário do LEC, desmaiado com um chute no rosto. Índio, outro funcionário
do Tubarão, levou um soco na
cara.
“A situação dele poderia ter ficado
gravíssima. Foi um chute muito perigoso no rosto, que provocou um grande corte
na boca”, afirmou o paramédico Marcelo Belinati, responsável pelos
atendimentos.
Com as agressões, o jogo ficou parado quase meia hora.O massagista do time adversário
foi detido porque tentou usar como arma um espeto que segurava a rede do gol. A
indignação foi geral contra o juiz Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, apontado
como responsável por perder o controle sobre a situação.
“Só pode ser bandido”
Mesmo em meio aos ânimos acirrados, o
árbitro decidiu recomeçar a partida. No retorno, o jogo voltou eletrizante e
descontrolado – mas o LEC soube aproveitar.
Celsinho, do Tubarão, quase fez um
golaço de calcanhar, perdendo por pouco. O goleiro Vítor derrubou um jogador na
área e levou um cartão pelo pênalti. Neno, o matador do Brasil de Pelotas, perdeu a cobrança e Vítor saiu
ovacionado pela torcida.
“Foi um dia infeliz e não
compactuamos com o que aconteceu aqui”, desabafou o técnico Claudio Tencati à
Rádio Paiquerê AM. “A nossa equipe cumpriu todas as obrigações: confirmamos a
série C, fomos para a Copa do Brasil e o levamos o Campeonato Paranaense. Na
série D, permanecemos 12 jogos invictos. Futebol é dessa forma: estão todos de
parabéns”, afirmou, negando que vá deixar o Tubarão em breve. “Conquistamos
títulos e fico de cabeça erguida”.
“Jogamos como se fosse a última
partida do ano. Árbitro ruim estraga qualquer futebol. O juiz quis aparecer
mais que o jogo. A torcida merecia o título”, lamentou Diogo Roque. O goleiro
Vítor, do LEC, estava indignado com as agressões contra os jogadores e os funcionários
do time: “Isso não existe, precisa de punição. Para mim, quem provoca uma
situação dessas, só pode ser bandido”.
Torcidas do LEC e Brasil de Pelotas
trocam agressões no Estádio do Café
A chegada da
torcida do Brasil de Pelotas ao Estádio do Café no final da tarde deste sábado
(1º) foi marcada por confusão. Antes mesmo entrar no estádio, os três ônibus e
dois micro-ônibus com torcedores gaúchos foram atingidos por pedras atiradas
pela torcida alviceleste.
Na entrada da torcida adversária, no lado oposto da entrada principal do Café, grupos de torcedores do time gaúcho e do LEC trocaram ofensas verbais que evoluíram para agressões físicas, segundo a Polícia Militar.
Durante o jogo, houve relatos de que a torcida do Londrina teria lançado pedras na torcida do Brasil. Com isso, os gaúchos precisaram recuar para fora das arquibancadas.
Na entrada da torcida adversária, no lado oposto da entrada principal do Café, grupos de torcedores do time gaúcho e do LEC trocaram ofensas verbais que evoluíram para agressões físicas, segundo a Polícia Militar.
Durante o jogo, houve relatos de que a torcida do Londrina teria lançado pedras na torcida do Brasil. Com isso, os gaúchos precisaram recuar para fora das arquibancadas.
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