Desaparecida desde a última quinta-feira, a miss Honduras Mundo 2014, María José Alvarado, de 19 anos, e sua irmã Sofía Trinidad, de 23 anos, foram encontradas mortas nesta quarta-feira, informou a polícia. Eleita representante de seu país em abril, María José tinha planejado viajar hoje para Londres, para começar sua preparação para o concurso internacional que será realizado no dia 14 de dezembro na capital britânica.
“Podemos afirmar efetivamente que são as duas jovens irmãs que estão enterradas no setor de aldeia Cablotales, em Santa Bárbara”, disse o diretor de Investigação Criminal, Leandro Osorio, em entrevista a uma rádio da capital Tegucigalpa. Ele acrescentou que uma pessoa detida seria o “autor material” do crime e que informações importantes foram conseguidas por meio de uma testemunha que está sob proteção.
As irmãs foram vistas pela última vez deixando a festa de aniversário do namorado de Sofía, Plutarco Ruiz, em um carro sem placa. A polícia interrogou Ruez e seu amigo Aris Valentín Maldonado, que teriam sido os últimos a verem as jovens antes do desaparecimento. Duas armas de fogo e dois veículos foram apreendidos com a dupla. A festa foi realizada em Santa Barbara, no oeste do país, região onde foram realizadas buscas desde o último sábado, quando a família reclamou do sumiço das jovens.
Antes da informação sobre a dupla morte, a irmã mais velha de María e Sofía, Cory Alvarado, disse ao jornal britânico The Guardian que além dos concursos de beleza, a irmã também estudava computação. Alunos da escola realizaram uma marcha em Santa Barbara na noite de ontem em solidariedade à família e pedindo a volta das jovens.
“Eu quero que o mundo saiba que elas eram pessoas boas e sempre pensaram que os outros eram como elas. Eram honestas, alegres e confiáveis”, disse Cory. “Tudo o que podemos fazer é rezar para que estejam bem”.
Honduras tem a maior taxa de homicídios do mundo, com 90,4 assassinatos a cada 100.000 habitantes, quase o dobro de outros países que também registram altos índices de criminalidade, como a Venezuela e El Salvador, segundo dados da ONU.
/AFP
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