Por MIGUEL ARCANJO PRADO
O teatro ainda precisa, e muito, aumentar a participação dos negros nos palcos. E também na plateia. Infelizmente, ainda é comum ver atores negros esquecidos ou lembrados apenas para papéis pequenos e subalternos em muitas produções teatrais, assim como na televisão. Nas poltronas dos teatros, também negros sempre são a minoria, salvo raríssimas exceções. É preciso mudar. Por isso, nesta quinta (20), Dia da Consciência Negra, o Atores & Bastidores do R7 selecionou sete artistas negros do nosso teatro brasileiro que fazem a diferença no mundo das artes. Eles servem de inspiração para as novas gerações. Conheça quem são eles e viva o negro na sociedade e no teatro!
A atriz e diretora Aline Negra Silva sempre se coloca quando o assunto é negritude e direitos iguais para todos. Tanto que já vem chamando a atenção de quem gosta de artistas propositivos no palco e na vida. Após cursar direção na SP Escola de Teatro, no momento ela faz um intercâmbio na Polônia. Em terra tão fria, ele representa toda a quentura de nosso teatro brasileiro.
Atriz e diretora do grupo mineiro Espanca!, Grace Passô representa a inteligência feminina e negra em nosso teatro. Sensível, ela também é cronista e dramaturga. Beleza pura.
A atriz Rejane Faria integra o grupo Quatroloscinco Teatro do Comum. Formada em teatro pela UFMG, ela também atua como dramaturga e diretora nos trabalhos coletivos de sua companhia. Até o fim de novembro, participa da Ocupação Quatroloscinco no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Um sorriso negro.
O moçambicano Diaz Santana movimenta o teatro de Maputo e sempre está se apresentando no Brasil, com seu Teatro Lareira. Ele faz com que nosso teatro fique cada vez mais próximo dos palcos africanos. Porque de lá viemos.
Sidney Santiago Kuanza já fez sucesso em novela de TV, mas é no teatro que ele potencializa seu discurso sobre o negro no palco, junto com seu grupo Os Crespos. Formado pela EAD, na USP, ele sempre tem algo inteligente a dizer. Afinal, negro é a raiz da liberdade.
Thais Dias é uma força imensa quando está no palco. Quem já a viu atuar em alguma peça de seu grupo, o Coletivo Negro, sabe disso muito bem. É a representante da imensidão da mulher negra em nosso teatro brasileiro contemporâneo. A nossa beleza negra.
No palco do Teat(r)o Oficina, de Zé Celso Martinez Corrêa, o baiano Tony Reis é sempre pura vida com seu sorriso exuberante. Ator potente e versátil, ele representa muito bem a negritude no palco mais tradicional do teatro brasileiro. Exala seu charme para o mundo ver.
Viva o negro todos os dias!
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