sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

VOCÊ SABIA QUE OS CARTÉIS USAM FUTEBOL PRA LAVAR DINHEIRO DO TRÁFICO DE DROGAS?

























Do México à Sérvia, da Colômbia à Bulgária, autoridades e polícias
revelam uma realidade sombria do futebol: a transformação de clubes
em instrumentos para a lavagem do dinheiro obtido com o tráfico de
 drogas. Documentos obtidos a partir de investigações na Europa e
nos Estados Unidos apontam que organizações criminosas e cartéis
têm se usado do esporte como um mecanismo para legitimar a
 renda ilegal.
Em novembro, a Justiça norte-americana colocou o presidente de
 um clube da primeira divisão da Colômbia, o Envigado, na lista das
 pessoas procuradas por fazer parte de cartéis da droga. Segundo os
 documentos, o clube era usado pelo dirigente para lavar o lucro do
 narcotráfico. Foi no Envigado que James Rodríguez, artilheiro da
Copa do Mundo do Brasil, foi revelado em 2007, com apenas 15 anos.
Em 2011, a Justiça da Colômbia revelou como US$ 1,5 bilhão do
 narcotráfico haviam sido lavados por vários clubes, entre eles o
Independiente Santa Fé, de Bogotá.
A história do futebol colombiano se confunde com o fortalecimento
dos cartéis, principalmente a partir dos anos 80. Na época, o chefe
do Cartel de Medellín, Pablo Escobar, investiu milhões no Atlético
Nacional. No final daquela década, o time venceria a Copa Libertadores.
O problema também é comum no México. Em fevereiro do ano
 passado o cartola Tirsco Martinez foi preso em sua casa em León,
usando outro nome. As autoridades norte-americanas chegaram a
oferecer US$ 5 milhões para quem desse pistas do paradeiro do
traficante. Segundo a investigação, entre 2000 e 2003,
Martinez “importou, transportou e distribuiu cerca de 76
toneladas de cocaína no mercado norte-americano”.
Mas ele também era o responsável por “organizar a lavagem
e envio de milhões de dólares das drogas ao México. Para isso,
ele usava três clubes: Atletico Celaya, o Irapuato FC e o Querétaro,
time que contratou Ronaldinho Gaúcho.
Em 2004, a Federação Mexicana tentou limpar o esporte e
dissolveu o Querétaro e o Irapuato. Outros clubes que estariam
sendo usados pelo narcotráfico, segundo a investigação, são Necaxa,
Santos Laguna, Puebla e Salamanca.

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