Clarissa Oliveira
IG Brasília
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Preocupado com os desdobramentos da crise na Petrobras, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a discutir a
possibilidade de fazer mudanças no alto comando do partido.
A atual direção petista inclui o tesoureiro João Vaccari Neto,
apontado pelos delatores na investigação da Operação Lava Jato como um
dos elos do esquema de pagamento de propina na Petrobras.
Interlocutores de Lula negam, entretanto, que o plano seja tirar
Vaccari do posto. Dizem que o ex-presidente acredita que o partido está
frágil demais e precisa de quadros políticos mais fortes para dar
suporte ao presidente, Rui Falcão.
A atual direção foi escolhida no fim de 2013 na eleição interna do
partido. Em tese, o comando petista tem mandato de quatro anos. Lula já
falou em aprovar, no Congresso do partido, marcado para junho do ano
que vem, uma mudança no estatuto para facilitar as trocas na direção.
Até lá, o PT poderia criar uma espécie de comissão que, oficialmente,
seria encarregada de preparar o Congresso do PT. Na prática, esse grupo
já abrigaria os futuros dirigentes, que teriam uma atuação mais próxima
das decisões estratégicas do partido. Um nome tido como reforço
praticamente certo é Gilberto Carvalho, que deixa o governo na virada
para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula tenta salvar o PT, porque o escândalo da Petrobras é muito pior do que o mensalão. Já pediu que a presidente Dilma Rousseff demita a direção da Petrobras e agora quer mudanças no partido, para colocar Gilberto Carvalho na presidência, no lugar de Rui Falcão.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula tenta salvar o PT, porque o escândalo da Petrobras é muito pior do que o mensalão. Já pediu que a presidente Dilma Rousseff demita a direção da Petrobras e agora quer mudanças no partido, para colocar Gilberto Carvalho na presidência, no lugar de Rui Falcão.
Lula sabe que, dependendo do envolvimento do Tesoureiro do PT, o
escândalo pode até provocar o impeachment de Dilma Rousseff. Para haver
impeachment, na forma da lei, é preciso aprovação de 2/3 dos deputados
para abrir o processo, e o Senado é que faz o julgamento, por 2/3
também, o que fica fácil conseguir com apoio do PMDB, que subirá ao
poder, e de outros partidos da base aliada, que vivem às custas do
poder. (C.N.)
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