Sempre as crianças tiveram menos reponsabilidades do que os adultos e que a infância é um tempo de brincar e de viver sem preocupações. Mas não é por isso que ela não está sujeita ao estresse.
Dá pena ver que as simples brincadeiras de antigamente sumiram e a maioria das crianaças não brinca mais. Muitos estão presas a tecnologia ( computador, celular...enfim evoluções tecnológicas que as deixam amarradas dia e noite e não sobra tempo para as diversões coletivas nos clubes ou nas ruas. Elas sumiram das ruas. Não as vê mais brincando defronte das casas ou apartamentos.
O diálogo foi cortado. Ninguém se fala. Este isolamento pode levar as crianças ao estresse. Outros exemplos de momentos estressantes para uma criança: briga entre os pais, o primeiro dia de aula em uma nova escola, lidar com a morte de alguém querido, ter muitas aulas e cursos extras e viver em um bairro violento e perigoso... Tudo isso pode deixar a criança em estado de alerta. O que não é de todo mal, já que o estresse prepara o corpo para enfrentar um perigo iminente. O problema é a repetição contínua desse estado de alerta. Ficar com esse sistema de defesa ligado por muito tempo, ou repetidamente, não é nada saudável pois poderá afetar, por exemplo, o seu desenvolvimento socioemocional.
Como às vezes não é possível evitar que a criança passe pelo estresse, a atuação dos responsáveis por ela nos episódios ajudará a criança a enfrentar o problema e a estabelecer o jeito como ela vai lidar com as situações de estresse que aparecerem ao longo de sua vida. Em outras palavras, com apoio dos pais, com afeto, com colo, com o chamado apego seguro, as crianças reagem melhor ao estresse. Paul Tough, autor do livro Uma Questão de Caráter, lembra: "não se trata de protegê-las do estresse, mas de ajudá-las a lidar e a superar esse estresse".
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