Essa frase é quase um grito de desespero,
quando nos sentimos impotentes frente a desafios que enfrentamos ao longo da
vida. E se eu tivesse feito isso? Será que foi suficiente o que eu fiz? Por
que não optei por outra alternativa? E se eu tivesse decidido outra coisa? Muitas dessas perguntas ficam em nossa
mente, nos atormentando e trazendo sofrimento, culpa e remorso. Isso vale para
qualquer fase da vida, mas é especialmente penoso na maior idade, quando
tendemos a fazer um balanço do que fizemos e do que deixamos de fazer em nossas
vidas, das coisas que deram certo e das coisas que não deram tão certo.
Mas, precisa ser assim? É preciso ficar
nesse sofrimento, nesse tormento?
A grande e dura verdade é que nós não temos controle total sobre a nossa vida, e menos ainda sobre as pessoas à nossa volta. Se tivéssemos isso, seríamos deuses, e não humanos. Apesar de tentarmos planejar e antecipar tudo o que for possível, muitas vezes fatos inesperados nos obrigam a tomar outros caminhos, muitas vezes à contragosto. Mas a vida é assim.
A grande e dura verdade é que nós não temos controle total sobre a nossa vida, e menos ainda sobre as pessoas à nossa volta. Se tivéssemos isso, seríamos deuses, e não humanos. Apesar de tentarmos planejar e antecipar tudo o que for possível, muitas vezes fatos inesperados nos obrigam a tomar outros caminhos, muitas vezes à contragosto. Mas a vida é assim.
Uma inesperada doença em família, um
acidente, uma separação, uma perda de patrimônio, um carro roubado, uma perda
de emprego, são situações que podem acontecer e geralmente não estamos
preparados. E isso pode acontecer a qualquer um. A médica Elizabeth
Kübler-Ross, que estudou doentes em fase terminal, coloca que para as grandes e
pequenas perdas, as pessoas costumam passar por 5 fases:
·
Negação – negar-se a reconhecer que a perda
ocorreu. É a frase não é verdade, não é possível
·
Raiva – xingar os outros, blasfemar, ficar
furioso pelo que ocorreu, num sentimento de injustiça.Porque
isso aconteceu comigo?
·
Barganha – fase de buscar minimizar a perda,
negociando algum tipo de alívio, como fazer uma promessa buscando a cura de uma
doença ou um plano de saúde estendido para uma demissão
·
Depressão – é o “fundo do poço”, fase em que toma-se
consciência que a perda é inevitável, causando tristeza e até depressão
·
Aceitação – é a
“volta por cima”, aceitar a perda, reconhecer que a vida segue em frente,
buscando novos caminhos e soluções
Quando conseguimos chegar na fase da
aceitação o sofrimento cessa, e a frase eu não pude fazer nada… perde o
sentido e nos deixa novamente equilibrados. Todos temos que lidar com as
grandes e as pequenas perdas da vida. No envelhecimento o corpo físico apresenta
sinais de declínio, muitas vezes com doenças crônicas que limitam as ações. Mas
a mente continua ativa, e essa é uma possibilidade que deve ser explorada por
todos que chegaram à idade madura. O passado já se foi, e o futuro ainda não
chegou. Viver o presente, na medida do possível sem remorsos ou arrependimento,
perdoando a si mesmo e aos outros pelo que se passou é o caminho para estar
mais feliz.
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