11/6/2015 às 08h51
O Comitê de Política
Monetária divulga expectativa de alta de 9,1% no preço da gasolina
O BC (Banco Central) divulgou, nesta quinta-feira (11), a ata do Copom
(Comitê de Política Monetária) da última reunião, realizada nos dias 2 e 3
deste mês, quando a taxa básica de juros, Selic, subiu para 13,75% ao ano. O relatório aponta
que a gasolina, o botijão de gás e a energia elétrica vão pesar mais no bolso
do brasileiro neste ano.
De acordo com o documento, a conta de
luz vai ficar 41% mais cara. Enquanto a gasolina ainda vai subir mais 9,1%, e o
preço do gás de bujão vai ficar 3% mais alto. A única queda prevista é a da tarifa
de telefone fixo, que deve cair 4,4%.
Ao todo, o comitê espera que os preços
administrados por contrato e monitorados pelo governo fiquem 12,7% mais caros
neste ano, contra expectativa de alta de 11,8%. Para o próximo ano, o conjunto
dos preços administrados deve subir 5,3%.
Mais uma vez, o Copom afirma que as
informações disponíveis sugerem “certa persistência da inflação”, o que se
reflete, em parte, na dinâmica dos preços no segmento de serviços e, “no curto
prazo, o processo de realinhamento dos preços administrados”.
As projeções coletadas pelo Gerin
(Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais) para a
variação da inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor
Amplo), neste ano passou de 8,25% para 8,39%. Já as previsões para 2016
recuaram de 5,60% para 5,50%.
O Copom afirma ainda que “cabe
especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante, para
garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem
para horizontes mais longos”.
Ao final do documento, o comitê diz que
“o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido”.
— Para o Comitê, contudo, os avanços
alcançados no combate à inflação — a exemplo de sinais benignos vindos de
indicadores de expectativas de médio e longo prazo — ainda não se mostram
suficientes.
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