1. 18/06/2015 às
23h00min - COMPARTILHADA NO BLOG COMUNICANDO PARA REFLETIR.
*Por Márcia Dolores
Resende
A minha atenção
sempre desperta quando ouço alguém falar que “tem que fazer muito“ para
aguentar tal pessoa ao seu lado, ou que o outro é uma pessoa “difícil” e que só
ele ou ela consegue ficar ao lado desta pessoa.
Quando alguém tem
que fazer esforço para estar ao lado de outro alguém, algo verdadeiramente está
fora do lugar no amor!
No amor, a fluidez
é o movimento natural. As pessoas se envolvem com naturalidade e a relação
evolui. Estou falando algo muito diferente do que você acredita que seja o
amor?
Vamos considerar
que a ideia de esforço está ligada ao medo de perder ou ao medo de ficar
sozinho. Muitas vezes, as pessoas complicam o seu próprio caminho com a
ausência de definição do que se quer!
Parece que definir
algo para a vida afetiva é quase visto como uma afronta diante da vida...
Gostaria muito de saber quem alimenta esse pensamento tão limitante.
Já ouvi a frase de
que amar é para poucos!
E tem gente que
acredita nisso?!
Amar, desde que
haja a disponibilidade, é para muitos. Para todos que queiram vivenciar a
beleza do desprendimento, da entrega, da ausência de controle sobre o outro e
entrega genuína de amor.
O que limita tanto
essa simples experiência que todos podemos vivenciar? A experiência de amar? Os modelos
pré-estabelecidos!
As crenças
limitantes sobre o amor!
Os nossos modelos
mentais influenciam em todas as nossas escolhas e todas as decisões, inclusive
no amor.Hoje num
restaurante, ouvi uma mulher falar que se ela deixar de fazer o acompanhamento
das atividades do namorado, possivelmente ele irá abandonar coisas importantes!
Estava almoçando
com meu filho numa mesa muito próxima a essa, alguns restaurantes possibilitam
uma proximidade e escuta além do esperado, e como era impossível deixar de
ouvir, nos olhamos e pensei o que motivaria uma mulher ou um homem a namorar
alguém que cuida da disciplina das atividades do outro?! Namorar alguém que
quer mostrar o que está inadequado ou o que pode ser consertado?!
Pensei rapidamente,
eu namoraria alguém que ficasse me lembrando o que é importante fazer?
Eu curtiria ser a
responsável pela agenda do meu namorado? E falar para as pessoas que sem a
minha ajuda ele certamente deixaria de fazer determinadas coisas?
Minha sensação foi
de desespero!
Acredito que sou
capaz de organizar as minhas atividades minimamente. Ainda em absoluta
reflexão, ao sairmos do restaurante perguntei ao meu filho se ele ficaria feliz
em desenvolver essa função ou que sua namorada estivesse fazendo isso?
Ele disse que na
cabeça dele isso está longe de ser algo valioso na relação, além de ser algo
muito chato.
Respirei aliviada!
Pois uma relação de
amor é para viver o amor com o outro, sentir o amor, falar com amor e para
construir o amor!Sentir o amor é um
ato de entrega do melhor que tenho, e dá a abertura para receber o melhor do
outro. Quando tenho que fazer coisas para melhorar o outro, deixa de ser uma
interação de entrega de amor. Naturalmente,
podemos melhorar através do amor. Essa, é uma decisão individual que podemos
realizar na interação com o outro.
Meu amado me
inspira tanto que quero ser melhor e organizo minha vida para ser melhor. Isso
é muito inspirador!
Diferente de “tenho
que fazer” para o outro ser “melhor”.O que mostra o
“medo” do outro descobrir que pode ser feliz sem minha ajuda, esquecendo que se
um homem, ou mulher, conseguem conduzir bem sua vida e ficar bem consigo mesmo,
tem um grande potencial interno para viver uma relação de “verdadeiro amor” o
amor por escolha, que é diferente do amor por necessidade!
O amor é uma
escolha, amar por amar, para amar, para sentir a beleza profunda do amor e
respeitar a singularidade do ser amado! Que nosso modelo
mental possa ser revisto e transformado todos os dias em direção do amor
profundo, que é leve e espontâneo, e que mostra nossa real beleza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário