O presidente da Câmara Municipal de Jacarezinho, localizada na divisa com o Estado
de São Paulo, teve de se refugiar em um carro da Polícia Militar para conseguir deixar
a sede do legislativo na noite segunda-feira (3).
Após discutir com eleitores, Vitor Maldonado (PDT) abandonou a sessão que presidia e
foi seguido por moradores da cidade por quase 100 metros, sob vaias e xingamentos.
O vereador optou por entrar no veículo da PM para deixar o local. Mesmo assim, o carro
foi cercado e o vereador teve que ouvir uma série de ofensas.
A confusão foi motivada pela recusa de Maldonado em colocar em discussão um projeto
que prevê redução nos subsídios dos vereadores e a revogação de lei que ampliou o número
de cadeiras - de 9 para 13 - no legislativo para o próximo mandato.
O texto apresentado por iniciativa popular, com assinaturas de três vereadores e de 5% dos
39 mil habitantes do município, determina que os próximos ocupantes da Câmara - eleitos
em 2016 - passem a receber um salário mínimo (R$ 788) para exercer o cargo.
Atualmente, os vereadores da cidade recebem mensalmente R$ 6.200.
Se aprovada, as alterações propostas representarão uma economia anual
de cerca de R$ 1 milhão nos gastos com subsídios.
Contrário ao projeto apresentado, Maldonado utilizou o regimento interno para não
colocar o texto em votação na primeira sessão após o recesso, como pretendia parte da população.
Ele argumentou que os vereadores teriam 90 dias para análise do texto. A decisão
desagradou moradores da cidade que lotaram o plenário da Câmara para acompanhar a sessão.
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