Num dia, o Palácio do Planalto tira da cartola a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), um péssimo tributo, para tentar fechar o buraco nas contas públicas. Três dias depois, diante da justificada gritaria das lideranças políticas e empresariais contra a ressurreição do fantasma, o governo abandona o plano. Mas se esquece de comunicar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que continua a defendê-lo em público. Num dia, o governo envia ao Congresso Nacional, pela primeira vez, uma proposta de Orçamento com um deficit de 0,34% do PIB nas contas públicas. Faz isso por inspiração do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e contra a vontade de Levy, defensor da meta de 0,7% do PIB para o superavit primário (o tamanho da poupança para estabilizar a dívida pública). Três dias depois, sob pressão de lideranças empresariais e diante da ameaça de Levy de deixar o governo, agravando a crise econômica, a presidente Dilma Rousseff volta atrás mais uma vez. Passa a instruir seus ministros a defender o superavit .O governo Dilma Rousseff parece cada vez mais uma biruta de aeroporto. Mas a balbúrdia em torno da proposta de Orçamento da União deficitária para 2016 tem, pelo menos, um aspecto positivo. Ela mostra que está se aproximando a hora da verdade. Como mostra o estudo O ajuste inevitável, dos economistas Marcos Lisboa, Samuel Pessoa e Mansueto Almeida, os gastos públicos vêm crescendo acima da renda nacional desde 1991. Essa conta foi sendo paga com sucessivos aumentos de impostos e, durante um tempo, com o comportamento extraordinário das receitas, em parte devido ao boom dos preços das commodities exportadas pelo Brasil. Essa conta não fecha mais e se tornou insustentável. Está chegando o momento, como diz o estudo, de “reconhecer que há escolhas difíceis sobre os benefícios a ser mantidos e os que devem ser revistos”. Há uma forma positiva de lidar com esse problema, que seria uma concertação política em torno de problemas estruturais que o país precisa enfrentar, como a reforma da Previdência, e a desindexação de parte das despesas públicas da correção do salário mínimo. O foro adequado para travar essa discussão é o Congresso Nacional, como o governo Dilma, pelas vias tortas habituais, talvez tenha tentado sugerir na semana passada. A outra opção é mais funesta: é trilharmos o caminho da política disfuncional da Argentina, atolada há décadas na decadência econômica.
Os objetivos principais deste blog "Comunicando para Refletir" são de emitir informações, artigos publicados na mídia, sobre problemas sociais que atingem todas as camadas sociais. Isso não quer dizer que sou o dono da verdade, às vezes minhas ideias não são iguais as suas, e são respeitadas as opiniões expostas. Queremos um mundo melhor e por isso expressaremos sobre cidadania, ética na política, bons costumes familiares. Acima de tudo buscaremos a ética e moral dos bons costumes.
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