Tente abrir a boca falando de política. Muitos viram os rostos e tentam mudar de assunto. Há uma aversão à política e as pessoas se alienam de conversas sobre política, isso não é bom para a sociedade. Dizem que os que os políticos são ladrões. Os hábitos das pessoas não mudam e só se restringem em épocas de campanhas surgindo as discussões e falam quem é o melhor e o menos pior.
Isto pode ser justificado pelo comportamento dos nossos representantes governamentais que pouco ou nada dá em troca do voto eletivo. Prometem tudo, mas quando chegam ao poder esquecem do povo e pensam somente neles. Os nossos deputados, governador, não justificam sua governabilidade direcionando benefícios para o bem de Londrina. A impressão que se tem é que eles vivem eternamente em palanques, procuram a manutenção do poder e sofrem desamparados os municípios e zonas rurais do Estado carentes de saúde, moradia, transporte e escola e tantas outras coisas indispensáveis para a qualidade de vida da população. Não se discute entre as lideranças políticas para realizar projetos em política pública. Nas rodas sociais, nos bares, nas vizinhanças pouco se comenta e busca soluções aos problemas da cidade e região.
Queira o povo ou não, nem todos os políticos são corruptos, pensando assim é rejeitar a democracia. Deixar a política de lado, além de ser um não da pessoa à democracia, permite que os tais vigaristas ajam livremente sem a oposição do povo e impede que os políticos mais honrados e que mantêm os laços com seus eleitores – sim, eles existem, queira você ou não – tenham em mãos um maior variedade de estratégias de manobrar sua influência política e conseguir apoio a suas leis. Por mais que haja decepção, não devemos perder esperança, e precisamos sim discutir como substituir a corja que domina as casas legislativas dos municípios, dos estados e do País.
Os professores, jornalistas, líderes religiosos, articulistas de jornais... pessoas que tenham conhecimento sobre política e conhecimento de teoria política. No Brasil, infelizmente, essas características são atributos de poucos, já que a maioria dos brasileiros não gosta de ler e, como está dito aqui, vive o analfabetismo político.
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